Comprar ou vender?

BB Seguridade (BBSE3) chega a menor patamar no ano; é hora de zerar papel?

26 jun 2023, 17:34 - atualizado em 26 jun 2023, 21:06
BB Seguridade BBSE3, ações
BB Seguridade ganha ‘presente de grego’ no aniversário de 10 anos da companhia na bolsa (Imagem: Seu Crédito Digital)

O BB Seguridade (BBSE3) completou 10 anos na bolsa. Em 26 de abril de 2013, o braço de seguros do Banco do Brasil (BBAS3) tocava o sininho, avaliado em R$ 34 bilhões, o maior IPO do mundo daquele ano. Hoje, a empresa vale R$ 61 bilhões e caiu nas graças de investidores que ganham com dividendos.

Porém, coincidência ou não, o Morgan Stanley ‘presenteou’ o papel com uma recomendação de venda, o que fez a ação performar entre as maiores baixas do Ibovespa. Segundo o bancão, com a expectativa de queda dos juros, o BB será a seguradora que mais perderá.

O papel fechou negociado a R$ 29,7, queda de 2,91%. Durante o dia, a ação chegou a cair mais de 3,5%. No ano, BBSE acumula tombo de 11%.

Em comentário enviado a clientes, a Benndorff classifica a empresa como um ‘paradoxo’.

“Enquanto vemos uma das melhores combinações de crescimento e defesa dentro do nosso universo de cobertura, a renovação das mínimas nos juros futuros representa um driver de realização de lucro no papel (SELIC menor = menor resultados financeiros nas seguradoras)”, escreve.

Para a equipe de analistas,  apesar do fundamento positivo, o movimento corretivo atual demanda exposições baixas ou nulas.

“Para novas compras, acreditamos que um forte ponto de inflexão nas curvas de juros locais, ou seja uma piora no cenário, deve colaborar para o fluxo desse empresa (mais defensiva)”, discorrem.

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BB Seguridade: CEO quer mais

Em comunicado enviado à jornalistas, o CEO da BB Seguridade Ullisses Assis disse que a valorização da empresa desde que realizou o seu IPO “é fruto do aprimoramento constante da operação”.

“Isso permitiu que o lucro triplicasse no período de dez anos, alcançando a marca histórica de R$ 6 bilhões no ano passado. É um resultado que fica evidente também na melhora da rentabilidade, com o Retorno sobre o Patrimônio Líquido mais que dobrando entre 2012 e o ano passado, numa das performances mais consistentes da bolsa brasileira”, coloca.

“Agora, é manter nosso ritmo de investimentos em tecnologia, inovação e jornada do cliente para alcançarmos patamares ainda superiores, sempre à altura do que preconizamos com o IPO há 10 anos”, conclui.