BB Seguridade (BBSE3): À espera do balanço do 1T22, é hora de comprar a ação? Saiba o que diz o Goldman Sachs

Para o Goldman Sachs, os resultados do BB Seguridade (BBSE3), que serão divulgados em 9 de maio, devem apresentar um crescimento maior, principalmente no segmento rural, que, segundo o banco, foi “afetado pelas condições climáticas da região Sul do Brasil”.

“No entanto, achamos que a empresa deve se beneficiar de um crescimento decente da receita líquida (14% de prêmios de seguro ano a ano) e melhores resultados financeiros ano a ano. Nossa projeção de lucro para o 1T22 é de R$ 1,2 bilhão (13% acima do consenso da Bloomberg)”, explica o Goldman.

Para o banco, os resultados devem vir “com sólidos resultados financeiros consolidados compensando o aumento de sinistros no segmento rural”.

“Os dados da SUSEP até fevereiro indicam um aumento da sinistralidade, afetada pela falta de chuva na região Sul do Brasil, que pode melhorar parcialmente em março. Por outro lado, esperamos que os resultados financeiros consolidados melhorem ano a ano, dado o menor gap nos índices de inflação e o menor nível de IGPM em relação ao 1T21. O crescimento da receita deve permanecer sólido nos negócios de seguros e previdência, provavelmente reforçando as faixas de orientação. A empresa informa em 9 de maio, antes da abertura do mercado”, explica o relatório.

Segundo o banco, a projeção revisada de lucro para 2022 é de R$ 5 bilhões, o que implicaria em um crescimento anual de 28%.

“A ligeira redução nas estimativas de lucro deve-se principalmente a premissas mais conservadoras para o índice de sinistralidade de seguros e resultados financeiros ligeiramente inferiores. Ainda assim, achamos que a empresa deve se beneficiar de uma taxa Selic mais alta e menor volatilidade dos índices de inflação em relação a 2021, o que leva a um resultado financeiro consolidado de R$ 1,3 bilhão previsto para 2022”, dizem os analistas.

Mesmo com desconto nos papéis, a BBSE3 subiu 34% no acumulado do ano, como aponta o Goldman, em comparação aos 9% do Ibovespa.

“Apesar do desempenho superior, a ação ainda é negociada a 10,0x o P/L futuro de 12 meses, 22% abaixo do seu prêmio histórico para os bancos brasileiros, enquanto nosso preço-alvo implica que ela deve ser negociada a 11,9x”, conclui o relatório.

O Goldman mantém a recomendação de compra da ação, com preço-alvo de R$ 30,00 — o que implica uma valorização de 12% em relação aos preços atuais, com um dividend yield de 8%. A ação é negociada a 10,6x P/E 2022E, um desconto de 7% em relação à sua média histórica.

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