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BB Investimentos eleva preço-alvo da BrasiAgro para R$ 21,00 com recomendação outperform

12 nov 2019, 10:47 - atualizado em 12 nov 2019, 10:49
O BB Investimentos destaca que a BrasilAgro teve resultado negativo no trimestre, com redução de 23,5% a/a na receita em R$ 185 milhões (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Por Investing.com

O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) revisou o modelo de avaliação para BrasilAgro em razão dos resultados apresentados no primeiro trimestre do ano safra 2019/20, somados aos desafios atuais do mercado agrícola, além de refletir o novo ciclo da companhia. Com isso, elevou o preço-alvo do ativo de R$ 20,00 para R$ 21,00, mantendo a recomendação Outperform.

Na visão dos analistas, a companhia apresentou números positivos em 2019, principalmente devido ao resultado de vendas de fazendas, apesar do fraco desempenho em operações agrícolas.

Não obstante, para 2020, as perspectivas são boas para ganhos de receita e produtividade para suas principais culturas, alinhados a ganhos consistentes de propriedades nos patamares históricos.

Dessa forma, a melhoria do desempenho operacional deve reforçar o balanço da empresa e levar a um FCF mais forte, o que se traduzirá em uma melhor remuneração aos acionistas e na criação de valor.

O BB-BI destaca que a BrasilAgro teve resultado negativo no trimestre, com redução de 23,5% a/a na receita em R$ 185 milhões.

Apesar do aumento de 40,3% a/a nas receitas com produtos agrícolas dado maiores volumes comercializados (soja e milho safrinha) e ganhos de produtividade em cana-de-açúcar, este foi completamente apagado pela redução de 84,6% das receitas com venda de fazendas, se comparado 1T19, quando a companhia registrou a venda de parte expressiva (9.784 he) da Fazenda Jatobá.

O CPV elevou-se em 61,3% a/a, devido a maiores volumes comercializados, maior custo de fertilizantes, queda de produtividade, maior frete, e forte taxa de câmbio, principalmente relacionados a cultura de Soja.

O aumento nos custos combinado a um maior SG&A (+13,6% a/a) levou a um EBITDA Ajustado de R$ 57,4 mi, 56% menor a/a, com respectiva margem de 25,9%.

Em 1T20 a companhia trouxe resultado financeiro 93% a/a menor, bem como redução 9,9% a/a do endividamento, em R$ 257,4 mi, ao custo médio de 6,2% a.a., contemplando pagamento de dívidas e a liberação do custeio das culturas.

A equipe aponta os pontos que podem afetar a performance da companhia e levar a revisitar as estimativas: perdas por condições climáticas adversas; progressos nos acordos entre EUA e China, impactando negativamente a demanda por grãos brasileiros; menor demanda por algodão em virtude do preço do petróleo, beneficiando a fibra sintética; e mudança na taxa de câmbio, que pode impactar a competitividade da companhia.

No aspecto micro, destaque para o atraso no desenvolvimento de novas culturas; e possível falha na estratégia de comercialização de propriedades.

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