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BB Investimentos destaca ganhos de eficiência da Randon e revisa preço-alvo da ação

20 ago 2020, 20:04 - atualizado em 20 ago 2020, 20:04
Veículos Randon
Os analistas mantiveram a recomendação de compra da ação e revisaram o preço-alvo para R$ 16 no fim de 2021 (Imagem: Divulgação/Randon)

A perspectiva do BB Investimentos sobre a Randon (RAPT4) permanece positiva, apesar da companhia ter reportado um resultado negativo no segundo trimestre do ano.

Os analistas mantiveram a recomendação de compra da ação e revisaram o preço-alvo para R$ 16 no fim de 2021 (versus R$ 10 ao fim de 2020), dada a resiliência dos segmentos de veículos pesados e essenciais (com grande exposição ao agronegócio) durante a crise do coronavírus e os ganhos de eficiência e produtividade.

“Consideramos, ainda, o (i) foco da companhia na internacionalização de suas receitas, com expansão e ganho de market share em importantes mercados globais, apesar dos fracos desempenhos atuais de exportação, (ii) iniciativas de restruturação, e medidas de ganhos de eficiência e produtividade, (iii) inovação e desenvolvimento de novos produtos, potencializados pela Randon Venture, e (iv) manutenção da estratégia de relacionamento direto com clientes”, acrescentou Catherine Kiselar, que assina o relatório divulgado nesta quinta-feira (20).

A Randon encerrou o segundo trimestre com queda de 42% no lucro bruto, para R$ 200,7 milhões. A receita líquida consolidada atingiu R$ 932,9 milhões, representando um recuo anual de 28,3%, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 24,4% e somou R$ 153,9 milhões.

Novas estimativas

O BB Investimentos espera que as receitas da Randon alcancem R$ 4,4 bilhões, queda de 13% na comparação ano a ano (Imagem: Site da Randon)

O BB Investimentos atualizou as projeções sobre o desempenho da companhia em 2020 e 2021.

Para este ano, espera-se que as receitas alcancem R$ 4,4 bilhões, queda de 13% na comparação ano a ano. A recuperação deve acontecer em 2021, com um crescimento anual de 8%.

O Ebitda esperado para 2020 é de R$ 534 milhões, 20% menor do que em 2019. No entanto, o indicador subirá 18% em 2021.

“Reconhecemos que, no caso de recuperação da demanda mais rápida que o esperado, com maior nível de investimentos de grandes setores, diante da retomada de pautas setoriais e auxílios governamentais, além da realização de um ramp-up bem-sucedido dos projetos atuais, beneficiados pela aquisição da Nataka Automotiva bem-sucedida pela controlada Fras-le (FRAS3), poderá haver upside destas projeções”, concluiu Kiselar.