BB Investimentos eleva preço-alvo da AES Tietê, mas vê ação cara
O BB Investimentos aproveitou a divulgação dos resultados da AES Tietê (TIET11) para revisar o preço-alvo da elétrica de R$ 13,15 para R$ 16,50 até o final de 2021.
Porém, a corretora manteve a recomendação neutra por achar que ação se valorizou muito nos últimos 12 meses, “considerando também o potencial retorno por dividendos de 7,3% que estimamos no período”, disse o analista Rafael Dias, que assina o documento.
A empresa reportou lucro 47,3% menor no terceiro trimestre, para R$ 51,1 milhões, ante os R$ 97 milhões do ano passado.
Segundo a AES, a queda foi influenciada pela entrada em operação dos ativos solares e da diligência da companhia frente às suas despesas operacionais. Já a receita líquida praticamente ficou estável, com R$ 509 milhões, variação negativa de 0,3%.
Para Dias, o destaque positivo foi o corte de custos, principalmente de compra de energia elétrica, que somou R$ 77 milhões no terceiro trimestre, representando expressiva queda de 43%.
“As despesas operacionais apresentam estabilidade na comparação anual, tanto no trimestre quanto no acumulado do ano, em linha com a dinâmica da receita”, afirmou.
Riscos
De acordo com o BB, os investidores precisam ficar de olho em alguns riscos que podem atrapalhar o desempenho da AES Tietê, como o preço de energia no mercado livre a partir de 2025, quando a companhia terá grande quantidade de energia a ser recontratada, e o impacto do risco hidrológico.
“Por outro lado, a prorrogação das concessões das hidrelétricas que pode ser autorizada até o fim deste ano e a contratação de energia eólica dos projetos que já possuem outorga para construção podem adicionar potencial de valorização para a empresa no curto e médio prazo”, afirmou.