Banco do Brasil

BB-BI vê maior apetite a riscos em renda fixa com juros e CDS em queda

16 set 2019, 16:39 - atualizado em 16 set 2019, 16:39
Em relatório enviado a clientes, o banco destaca que a percepção geral de risco vem apresentando sensível melhoria  (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

Por Investing.com

O recente declínio acentuado do CDS soberano de 5 e 10 anos e a diminuição no seu diferencial abrem caminho para um cenário de recuo consistente de aversão ao risco. Isso, na visão do Banco do Brasil Investimentos (BB-BI), abre espaço para a tomada de riscos por prazos mais longos.

Em relatório enviado a clientes, o banco destaca que, domesticamente, mesmo em contexto de dúvidas quanto à evolução do risco fiscal e ligeiras oscilações nas curvas de juros, a percepção geral de risco vem apresentando sensível melhoria, iniciada na semana anterior com uma menor inclinação positiva da curva DI e, nos últimos dias, reforçada pelo recuo do CDS Brasil, tanto na medida de 5 quanto na de 10 anos.

Além disso, os analistas destacam que o diferencial entre os dois contratos, de 5 e 10 anos, também iniciou trajetória de queda, reduzindo o prêmio de risco nesse horizonte de tempo e tornando mais atrativos os papéis de prazos longos, como as debêntures.

Assim, a própria expectativa de um novo recuo da Selic, já em contexto de mínima histórica, reforça a busca por yields mais atrativos da renda fixa privada e se reforça pela expectativa de corte de juros também nos EUA, em reunião do FOMC, e pela recente decisão do Banco Central Europeu com o Quantitave Easing, em afrouxamento da política monetária.

Apesar disso, a equipe do banco chama a atenção para as mal resolvidas as questões comerciais entre EUA e China, apesar de declarações mistas dos dois lados, e o dólar em tendência de alta frente ao real, o que pode impor correções voláteis nos preços dos ativos nacionais.

Com isso, o movimento de alta nos preços das debêntures, monitoradas pelo BB-BI, se manteve ao longo da semana e recebeu um importante reforço nos volumes negociados, quando se observa a liquidez do secundário em médias diárias, nesse início de setembro.

Em agosto, mês de volume recorde, foram negociados R$ 690,42 milhões por dia, ao passo que, em setembro, o volume diário já registra R$ 721,96 milhões, em alta de 4,6%.

Sendo assim, as perspectivas positivas pontuadas no último estudo do banco se confirmam neste momento, apesar da elevada volatilidade sentida no cenário global e da cautela dos investidores frente ao desdobramento das reformas previdenciária e fiscal.

O BB-BI ressalta a entrada de mais um vetor positivo neste sistema de forças: a acentuada queda do risco país medido pelo CDS soberano, com seus reflexos no abrandamento de yields das curvas de juros e da demanda por prêmios de risco

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