BB-BI projeta novas altas para o minério de ferro em abril
Por Investing.com – Depois de ter um março positivo, o Banco do Brasil (BBAS3) Banco de Investimentos (BB-BI) projeta novos aumentos para o minério de ferro em abril, principalmente após o real efeito de menores embarques chegando na China.
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Para os analistas, no segmento de aço, os aumentos de preços anunciado no mês passado deverão ser implementados agora, ajudando a reduzir as pressões nas margens das siderúrgicas. Com isso, a demanda não deve apresentar grandes avanços no curto-prazo; ao menos não antes de termos melhores sinais de fatores pendentes, como a disputa comercial entre China e EUA, BREXIT e, no mercado doméstico, a reforma da previdência.
A equipe avalia que março foi positivo no mercado de ações para a maioria das empresas do setor, em razão de maiores preços do minério no período, os anúncios de aumentos de preços de aço pelas siderúrgicas, os avanços no imbróglio Trump-Xi e a visão mais otimista com relação as reformas.
Dessa forma, eles destacam que, enquanto o Ibovespa ficou estável na variação mensal, observamos CSNA3 (CSNA3) e VALE3 (VALE3) apreciando 24,2% e 8,1%, respectivamente, quando comparadas ao mês anterior.
Em março, as exportações de minério de ferro somaram 22,1 Mt, queda de 23% na base mensal (-26% a/a). Os preços do MF62 devolveram a leve queda ocorrida no meio do mês e fecharam março em US$ 85,7/t, contra uma média de US$ 83,9/t em fevereiro.
O anúncio do fechamento de mais duas minas da Vale, Timbopeba e Alegria, somado aos anúncios de restrição de oferta das mineradoras australianas (BHP e Rio Tinto(RIO)) devido a ciclones na região contribuíram para este movimento ascendente dos preços.
Já os estoques de minério de ferro na China ficaram em 131,7 Mt, 1.62% acima do fim de fevereiro, após um pico de 143,5 Mt no dia 8 de março. Para o BB-BI, talvez seja um movimento de consumo de estoques a partir de agora, com o encolhimento da oferta.
Já para as taxas de frete, de Tubarão (BZ) a Qingdao (CH) os valores ficaram em US$ 12.0/t, queda de 6,3% m/m. No que tange metais básicos, os preços de alumínio, níquel e cobre ficaram estáveis m/m, porém os estoques apresentaram movimentos contrários, com alumínio e níquel caindo 7,4% m/m e 7,3% m/m, enquanto os de cobre avançaram 31.2% m/m.