BB (BBAS3) deixará de ser uma ‘vaca leiteira’? Ação ‘some’ das carteiras de dividendos; o que fazer?

Após a confirmação da vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Banco do Brasil (BBAS3) despencou entre as indicações de corretoras e bancos para a carteira de dividendos.

Segundo levantamento do Money Times, o banco havia recebido oito indicações para outubro. Em novembro, esse número caiu para três. Ao todo, foram consideradas 21 carteiras.

O Santander é uma das casas que retirou o banco do portfólio.

A corretora coloca que, apesar de continuar com uma visão positiva para as ações no médio e longo prazo, inclusive com uma recomendação de compra, a mudança do governo federal em 2023 aumentará a incerteza acerca da estatal, podendo deixar as ações mais voláteis no curto prazo.

O BTG Pactual vai na mesma linha ao dizer que Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil estarão sob pressão nos próximos meses.

“A incerteza sobre quem as administrará e quais são os planos para elas provavelmente fará com que essas ações tenham desempenho inferior ao mercado, mesmo que sejam reconhecidamente negociadas em valuations muito baratos”, discorre.

Banco do Brasil mais blindado?

Apesar das incertezas, o gestor João Luiz Braga, da Encore, diz que se ação caísse mais 15%, compraria.

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“Hoje fiquei babando no Banco do Brasil. Se cair 15%, eu compro. Porque ia chegar a 3 vezes o lucro  e eu cubro bancos desde lá atrás. O que o Lula fez na Petrobras, nada fez no Banco do Brasil. A Dilma Rousseff até fez”, diz.

Braga lembra que 2003, quando Lula assumiu o seu primeiro mandato, escalou Cássio Casseb Lima para a presidência.

“Era como se colocasse o Pérsio Árida. Ele foi super bem, mesmo tento o Lula lá. Na própria carta do PT, eles dizem: vamos usar as empresas públicas, como BNDES e Petrobras, mas não citam o Banco do Brasil. Eu acho que tem outras alavancas para mexer e deixa o BB mais intacto. Na Petrobras precisa tomar mais um pouco de cuidado”, discorre.

O que Lula falou até agora?

Apesar disso, em evento para empresários ocorrido em agosto, Lula afirmou que o Banco do Brasil parece “bonzinho” se tiver orientação governamental.

“Porque, se não tiver orientação, a burocracia do Banco do Brasil age como banco privado. Pensa como banco privado. Então, é preciso que a gente enquadre o Banco do Brasil”, colocou.

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