BB ajusta carteira de ações para maio pensando na Selic; confira as novidades

O BB Investimentos renovou sua carteira recomendada de ações, realizando algumas mudanças para o mês de maio.

Modelando o portfólio para seguir as expectativas sobre a política monetária do Banco Central (BC), a instituição aumentou a exposição a papéis cíclicos, como Localiza (RENT3), Lojas Renner (LREN3) e Vibra Energia (VBBR3).

Apesar de a taxa de juros caminhar para patamares mais elevados, o BB entende que os primeiros sinais de desaceleração inflacionária no Brasil podem dar mais visibilidade quanto à proximidade do fim do ciclo de elevação de alta.

Nesse contexto, papéis de empresas cíclicas e mais endividadas se beneficiam. O BB destaca que essas ações estão “excessivamente descontadas”; algumas, inclusive, com níveis de desconto superiores aos do auge da pandemia.

Ainda assim, o BB mantém preferência por teses de valor, “dado que o aumento de juros gera maior impacto no valor de companhias com teses de crescimento, não apenas pelo encarecimento das captações, mas principalmente pelo maior desconto concedido aos valuations“.

Isso explica a permanência de Petrobras (PETR4), SLC Agrícola (SLCE3) e Vale (VALE3) na carteira. WEG (WEGE3) também é um dos nomes que compõem o portfólio, e a exposição à empresa se deve ao forte balanço e à diversificação de suas linhas de negócio.

Além de manter o BTG Pactual (BPAC11), o BB incluiu o Itaú Unibanco (ITUB4) no portfólio, pois acredita que o setor financeiro, “apesar do prognóstico menos favorável para provisões e inadimplência, ainda tem o alento dos spreads elevados beneficiando a linha de receita”.

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Como forma de proteção contra a inflação, AES Brasil (AESB3) não foi excluída.

Saíram da composição B3 (B3SA3), Bradesco (BBDC4), Magazine Luiza (MGLU3) e Suzano (SUZB3).

A guerra na Ucrânia, os lockdowns na China e o temor de uma postura ainda mais agressiva dos bancos centrais com a inflação pressionaram os mercados acionários ao redor do mundo. No Brasil, o Ibovespa acumulou uma queda de aproximadamente 10% em abril. A carteira do BB registrou desempenho semelhante no mesmo período, fechando o último mês com desvalorização de 10,59%.

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