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Bayer entrega primeira carga de grãos no Brasil com pegada mensurada de carbono

26 maio 2023, 13:49 - atualizado em 26 maio 2023, 13:49
Bayer
O projeto mensura a pegada de carbono durante toda a fase agrícola, desde o pré-plantio até a colheita, passando pelo transporte, até a entrega do grão (Imagem: REUTERS/Wolfgang Rattay)

A Bayer informou nesta sexta-feira, 26, em nota, ter feito a entrega da primeira carga de soja brasileira com pegada mensurada de carbono, além de rastreada e livre de desmatamento. Segundo a empresa, a carga, produzida pela Bom Futuro Agrícola, foi feita à trading ADM.

A iniciativa faz parte da PRO Carbono Commodities, que abrange a produção de soja de dez agricultores brasileiros localizados no Cerrado e na Amazônia, abrangendo um total de 159 mil hectares.

O projeto mensura a pegada de carbono durante toda a fase agrícola, desde o pré-plantio até a colheita, passando pelo transporte, até a entrega do grão.

A iniciativa, segundo a Bayer, traz a garantia de que a produção advém de uma área livre de desmatamento, que totaliza aproximadamente 90 mil hectares de vegetação natural, considerando reserva legal e seu excedente. “Como pré-requisito para participação, os agricultores não podem ter convertido áreas de vegetação natural em campos agrícolas nos últimos dez anos, ainda que legalmente autorizado, prática alinhada aos padrões internacionais de certificação de carbono”, assinala. “Além disso, ao integrarem do programa, assumem o compromisso de preservar o excedente de vegetação natural nas suas propriedades.”

A Bayer comenta ainda que o programa registrou dados primários das áreas referentes às 240 mil toneladas de soja produzidas e contabilizou uma pegada média de carbono de 861,55 toneladas de CO2 equivalente.

“É uma diferença considerável quando comparamos com valores disponíveis nas bases de dados reconhecidas internacionalmente e que indicam que a pegada média de carbono da soja brasileira é de 2.600 kg CO2 eq/t. Essas bases comparativas são uma referência para avaliar a eficiência do processo produtivo. No entanto, é importante ressaltar que, à medida que o conhecimento científico avança, essas referências devem ser constantemente atualizadas para permitir informações mais precisas”, explica o diretor do Negócio de Carbono da Bayer para a América Latina, Fabio Passos.

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