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BAYC: O “The Merge” poderia ter prevenido as altas taxas do lançamento de Otherside?

02 maio 2022, 17:17 - atualizado em 02 maio 2022, 17:17
Bored Ape Yacht Club The Merge
Segundo analista, a atualização da Ethereum, prevista para o final do ano, não evitaria as altas taxas.(Imagem: Twitter/Bored Ape Yacht Club)

A alta demanda pelos tokens não fungíveis (NFTs) que vão direito à terra virtual no metaverso dos Bored Ape, chamados Otherdeeds, sobrecarregou a rede principal da Ethereum neste sábado (30), elevando as taxas de gás a níveis recordes. A taxa do gás é aquela que os usuários pagam a mineradores e validadores para validar sua transação na blockchain.

Houve investidores dispostos a pagar taxas de até U$ 10 mil dólares aos mineradores e validadores da rede. Esse fenômeno é chamado de “Guerra do gás”.

Dados onchain – de dentro do blockchain – mostram que a luta dos usuários por incluir suas transações nos blocos da Ethereum, e assim garantir seu Otherside, consumiu mais de 64 mil ETH em taxas de gás, quase US$ 180 milhões.

As altas taxas da rede de contratos inteligentes da Ethereum é um dos problemas que a comunidade costuma reclamar sobre.

A atualização chamada “The Merge”, prevista para setembro, vai alterar o algoritmo de consenso da rede de Prova de Trabalho (PoW) para Prova de Aposta (PoS). É uma das atualizações mais esperadas pelos investidores do ecossistema.

Atualização sem impacto

Segundo Orlando Telles, da casa de análises Mercurius Crypto, o “The Merge” não afetaria o cenário de altas taxas visto no lançamento de domingo.

“Não teria sido diferente, o The Merge vai mudar o algoritmo de consenso porém não altera a questão de escalabilidade.”

O analista segue dizendo que a grande questão por trás dos altos níveis de taxa foi a estrutura da rede e o modelo de leilões de taxas usada pela blockchain da Ethereum.

Nesse modelo comentado por Telles, o validador da rede escolhe quem está pagando a maior taxa naquele momento para priorizar a inclusão da transação na cadeia de blocos (blockchain).

“Quanto mais pessoas estavam dispostas a pagar preços mais altos para garantir os NFTs, mais os valores das taxas foram se engargalando.”

E agora, ApeCoin?

A solução mais viável para que o projeto não volte a passar por essa situação são três principais, segundo o especialista.

“Ou o projeto vai seguir o caminho de Axie Infinity, que foi criar uma sidechain [rede paralela à ethereum] igual a Ronin (RON). Eles também podem procurar uma solução de segunda camada, ou outro ecossistema como as subnets da Avalanche (AVAX) ou até mesmo as Parachains da Polkadot (DOT).”

Ele destaca que também existe a possibilidade da migração do projeto para alguma rede não EVM (não compatível com a Ethereum)

“Como o custo da mudança de código seria mais alto, acho pouco provável”, finaliza.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
leonardo.cavalcanti@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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