Barroso x Telegram: Presidente do TSE defende banir rede durante as eleições
Luís Roberto Barroso, ministro do STF e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), defende suspender as operações do Telegram no Brasil, durante as eleições deste ano. O objetivo seria evitar que a rede social sirva de ferramenta para a difusão de fake news que possam influenciar os resultados dar urnas.
A ideia de banir o Telegram foi defendida por Barroso em entrevista publicada pelo jornal O Globo neste domingo (13). “Nenhum ator relevante no processo eleitoral pode atuar no país sem que esteja sujeito à legislação e a determinações da Justiça brasileira. Isso vale para qualquer plataforma. O Brasil não é casa da sogra para ter aplicativos que façam apologia ao nazismo, o terrorismo, que vendam armas ou que sejam sede de ataques à democracia que a nossa geração lutou tanto para construir”, afirmou.
O magistrado acrescentou que “como já se fez em outras partes do mundo, eu penso que uma plataforma, qualquer que seja, que não queira se submeter às leis brasileiras deva ser simplesmente suspensa. Na minha casa, entra quem eu quero e quem cumpre as minhas regras.”
Os críticos à ideia afirmam que suspender o Telegram representa um ataque à liberdade de expressão. Barroso deve transferir o comando do TSE a seu colega de STF Edson Facchin no próximo dia 22. Caberá a Facchin, a espinhosa tarefa de realizar as eleições de outubro, em que o presidente Jair Bolsonaro tentará se reeleger. Como se sabe, o ex-capitão intensificou os ataques às urnas eletrônicas e voltou a levantar dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral.
(Com informações de agências e d’O Globo.)