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Bard tem estreia atrapalhada e faz ações do Google (GOGL34) tombarem quase 8%

08 fev 2023, 18:53 - atualizado em 08 fev 2023, 18:53
Google
Ações da Alphabet, controladora do Google listada na Nasdsaq, terminaram o pregão com perdas de quase 8%, apontando a desaprovação dos investidores com a primeira aparição do Bard (Imagem: REUTERS/Pascal Rossignol)

O Google (GOOG;GOGL34) não teve sorte com a estreia do Bard, a inteligência artificial lançada com o intuito de peitar o ChatGPT. Um erro no algoritmo de resposta da IA durante a demonstração oficial do Bard foi percebido pelos internautas e a notícia logo chegou aos mercados.

As ações da Alphabet, controladora do Google listada na Nasdsaq, terminaram o pregão com perdas de quase 8%, apontando a desaprovação dos investidores com a primeira aparição do Bard.

O lançamento do Google ocorre um dia após a Microsoft (MSFT;MSFT34), grande fiadora do ChatGPT, anunciar a incorporação da IA no próprio mecanismo de busca, o Bing.

Apesar do primeiro passo atrapalhado, analistas do mercado americano acreditam que o Google tem vantagens competitivas em termos de escala, engenharia e recursos de nuvem para vencer a corrida no campo da IA generativa (que produz uma informação coesa a partir de um extenso banco de dados).

Estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas utilize o Google como mecanismo de busca, acima dos 100 milhões de usuários do ChatGPT.

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O erro do Bard

O erro do Bard ocorreu na própria propaganda do Google, que mostra a inteligência artificial em funcionamento. Em um vídeo curto com o intuito de promover a ferramenta, algumas perguntas são feitas ao Bard.

Entre elas, um usuário indaga: “Quais novas descobertas do Telescópio Espacial James Webb pode contar ao filho de 9 anos?”. Entre as respostas, uma delas foi incorreta. Bard disse que o telescópio foi usado para tirar as primeiras fotos de um planeta fora do sistema solar (os chamados exoplanetas).

A informação, no entanto, é falsa. Como já confirmado pela Agência Espacial dos EUA, as primeiras fotos de exoplanetas foram tiradas pelo Very Large Telescope (VLT), do European Southern Observatory, em 2004.