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Barclays e 4 ex-executivos do banco são acusados de fraude

20 jun 2017, 11:37 - atualizado em 05 nov 2017, 14:01

Barclays

O Escritório de Fraudes Graves (SFO, na sigla em inglês) do Reino Unido apresentou nesta terça-feira acusações criminais contra o Barclays e quatro ex-executivos do banco. A investigação se refere à conduta dos envolvidos em investimentos do Oriente Médio que resgataram o Barclays no auge da crise financeira. O escritório britânico acusou os indivíduos e o banco de conspirar para cometer fraude.

Dois indivíduos, entre eles o ex-executivo-chefe John Varley, foram também acusados de provisão de assistência financeira ilegal. As acusações se centram em como o Barclays estruturou duas injeções de capital de investidores do Catar, quando levantou 11,8 bilhões de libras (US$ 15 bilhões) durante a crise financeira de 2008. O Barclays disse que pagou 322 milhões de libras em “serviços de aconselhamento” a investidores do Catar, o que não havia sido inicialmente divulgado após o capital ter sido levantado.

As acusações se relacionam a um empréstimo de US$ 3 bilhões feito pelo Barclays com o Estado do Catar, em novembro de 2008, logo após sua segunda elevação de capital. Em comunicado, o banco diz que avalia sua posição sobre os acontecimentos. Caso seja considerado culpado, o Barclays estará sujeito a uma multa determinada por um juiz, mas não perderá automaticamente sua licença bancária. Diferentemente do Royal Bank of Scotland e do Lloyds Banking Group, o Barclays não precisou de um resgate com dinheiro dos contribuintes britânicos, já que obteve as injeções de capital no Oriente Médio.

O caso do Barclays envolve a suspeita de que tenha havido uma conspiração para cometer fraude e obter assistência financeira ilegal. Os acusados são o ex-executivo-chefe Varley, que ficou no posto até 2011, e Roger Jenkins, ex-executivo de investimentos do banco que teve um papel central nas elevações de capital. Varley e Jenkins respondem a duas acusações. Já Thomas Kalaris, que comandava a divisão de gestão de fortunas do banco, e Richard Boath, que comandava o setor de instituições financeiras europeias do banco, responderão por fraude. Fonte: Dow Jones Newswires.

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