Barcelona busca U$S 1,6 bilhão em dívida privada para refazer estádio
O Barcelona FC está tentando levantar 1,5 bilhão de euros (US$ 1,6 bilhão) com investidores privados para financiar a reforma de seu icônico estádio Spotify Camp Nou.
O clube está cortejando investidores no mercado americano de colocação privada para obter financiamento de longo prazo, segundo pessoas com conhecimento direto do assunto. Um porta-voz do Barcelona confirmou as negociações.
Os bancos Goldman Sachs e JPMorgan estão organizando a venda, de acordo pessoas familiarizadas. Representantes de ambos os bancos se recusaram a comentar.
O time catalão tem planos de reformar sua sede histórica e desenvolver novas instalações em um projeto mais amplo conhecido como Espai Barca.
O plano de financiamento consiste em três parcelas de € 500 milhões em notas seniores com vencimento em 2032, 2045 e 2052, de acordo com um nota da Kroll Bond Rating Agency, que tem perspectiva estável para o clube. Os termos propostos incluem garantir a oferta contra receitas novas ou incrementais com o entendimento de que não haverá hipoteca sobre o estádio, de acordo com a Kroll.
A empresa de classificação e pesquisa ESG Morningstar Sustainalytics certificou as notas que o clube emitirá no mercado americano como títulos verdes, o presidente do Barcelona, Joan Laporta, disse em uma conferência na quinta-feira: “Estamos ampliando nosso mercado de potenciais investidores, bem como a possibilidade de obtenção de financiamento a um preço melhor”, disse.
Clubes de futebol de renome, como o Tottenham Hotspur, já usaram o mercado americano de colocação privada, que conta com grandes fundos de pensão e gestores de ativos como principais investidores, para levantar dívidas de longo prazo.
A garantia do crédito é normalmente estabelecida no estádio que está sendo financiado, o que significa que os investidores podem se tornar os proprietários do local se o clube não pagar a dívida.
O Barcelona já testou o mercado americano de colocação privada no passado, quando levantou € 525m de euros com receitas de transmissão como garantia. Parte dessa dívida já foi paga como condição para fechar um acordo com o fundo US Sixth Street para vender uma fatia de seus direitos de TV por 25 anos.