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Banrisul nega irregularidade em leilão de venda de ações do Estado

11 jul 2018, 21:53 - atualizado em 11 jul 2018, 21:53

O Banrisul (BRSR6) disse que não recebeu qualquer comunicado oficial acerca de uma investigação, conforme noticiado pelo Zero Hora, do Ministério Público Federal ou da Polícia Federal sobre a instauração de inquérito para investigar as operações de venda de ações preferenciais B e ordinárias do Banrisul realizadas em 10 e 27 de abril deste ano.

O banco explica que ambos os leilões foram realizados observando-se estritamente a regulamentação da CVM, inclusive a obrigatoriedade de divulgação prévia de edital em certos casos. “Tal exigência só era aplicável para a operação de venda do dia 10 de abril diante do volume percentual de ações ofertadas”, explica o banco em nota.

O documento explica que no leilão de 10 de abril, o Estado vendeu um lote de 26.000.000 de ações preferenciais B, representativas de 12,75% do total das ações preferenciais B emitidas pelo Banrisul e de 6,35% do capital social total. Já no leilão realizado no dia 27 de abril, o Estado vendeu um lote de 2.974.500 ações ordinárias, representativas de 1,45% do total das ações ordinárias e de 0,73% do capital social total.

Segundo o Zero Hora,  após receber denúncia sobre a venda de ações do Banrisul por parte do governo do Estado em abril, o Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Sul solicitou que a Polícia Federal (PF) abra inquérito para investigar a operação financeira. Em nota, o MPF diz que considera haver “indícios da prática de crimes contra o mercado de capitais”. Dependendo das conclusões do inquérito policial, pode ser aberta representação judicial.

A reportagem diz ainda que o pedido de investigação partiu de denúncia do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS).

“O Banrisul reitera que todos os atos praticados para a implementação dos leilões realizados em abril seguiram rigorosamente o que dispõe a legislação e normas específicas aplicáveis, em especial a Instrução CVM nº 168 e a Instrução CVM nº 358. O Banrisul manterá os seus acionistas e o mercado devidamente informados a respeito de quaisquer fatos subsequentes à divulgação do presente Fato Relevante”, destaca o banco em seu comunicado.

Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
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