Banrisul: mesmo após corte de 10% no preço justo, ação pode saltar 43%
A Planner cortou em 10% o preço-alvo das ações do Banrisul (BRSR6), passando-o de R$ 20 para R$ 18. Ainda assim, o novo valor proposto embute uma alta potencial de 43,6% sobre os R$ 12,53 com que o papel fechou nesta segunda-feira (26). A recomendação de compra foi mantida.
Victor Luiz Martins, que assina o relatório, lista três fatores conjunturais que o levaram a rever suas estimativas para o Banrisul. O primeiro é a fraca demanda por crédito no primeiro trimestre, devido ao impacto da segunda onda da pandemia de coronavírus.
O segundo é a maior concorrência no mercado de adquirência, o que reduz as margens de lucros. Por último, o governo do Rio Grande do Sul e o banco negociam um novo contrato para a folha de pagamento de funcionários públicos do Estado.
Custo de capital
“Nesse contexto adequamos as expectativas de lucro e retorno, elevamos o custo de capital (Ke) de 12,0% para 13,0% e reduzimos o preço justo”, explica o analista. O novo preço-alvo corresponde a 0,9 vez o valor patrimonial de dezembro do ano passado.
Na prática, isso significa que, mesmo que as ações saltem mais de 40% e atinjam o valor proposto pela Planner, ainda não representarão adequadamente todo o patrimônio do Banrisul.
A Planner, lembra, contudo, que “na cotação atual, o banco está sendo negociado a 0,6x o seu valor patrimonial, patamar dos mais reduzidos dos últimos 5 anos.”