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Bankman-Fried quer manter os fiadores de sua liberdade em sigilo

03 jan 2023, 14:18 - atualizado em 03 jan 2023, 14:18
FTX crise depoimento LUNA
Bankman-Fried foi solto sob fiança de US$ 250 milhões em dezembro, um dos maiores acordos de liberdade provisória da história dos EUA (Imagem: Bloomberg)

O fundador da bolsa cripto falida FTX, Sam Bankman-Fried, pediu a um juiz que mantivesse em sigilo as identidades de duas pessoas que ajudarão a garantir sua fiança.

Os advogados de Bankman-Fried apresentaram na terça-feira uma carta solicitando que sejam ocultados os nomes de duas pessoas que pretendem assinar seu acordo de liberdade provisória como fiadores, dizendo que não há necessidade de divulgação pública.

“Se os dois fiadores restantes forem identificados publicamente, eles provavelmente serão submetidos às indagações da mídia e potencialmente alvo de assédio, apesar de não terem nenhuma conexão significativa com o caso”, escreveram os advogados de Bankman-Fried. “Consequentemente, a privacidade e a segurança dos fiadores são fatores que superam significativamente a presunção de acesso público às informações muito limitadas em questão.”

Bankman-Fried foi solto sob fiança de US$ 250 milhões em dezembro, um dos maiores acordos de liberdade provisória da história dos EUA.

O título de fiança aprovada pelo juiz foi garantida pelo patrimônio da casa dos pais de Bankman-Fried em Palo Alto, Califórnia, que certamente não vale nem perto desse valor.

Nos EUA, títulos superdimensionados em acordos de liberdade provisória são mais um meio de estabelecer duras consequências financeiras no caso de quebra das condições, e geralmente são lastreados por ativos que valem apenas cerca de 10% do valor declarado.

Além de Bankman-Fried e seus pais, o juiz pediu que a fiança fosse assinada por duas outras pessoas de “recursos consideráveis”, uma das quais não pode ser parente. As duas pessoas ainda não assinaram, mas pretendem fazê-lo até o prazo de 5 de janeiro, disseram os advogados na carta.