Bank of America se rende à onda de demissões em Wall Street e avalia cortes
O Bank of America planeja demissões em seu negócio de banco de investimento, e se torna um dos últimos gigantes de Wall Street a se curvar às pressões de redução de gastos.
O número de cortes, que ainda está sendo discutido, pode afetar menos de 200 executivos em todo o mundo, segundo pessoas a par do assunto. Mesmo assim, o plano vai além da pausa nas contratações iniciada no início deste ano e representa um retorno aos níveis de redução da força de trabalho anteriores à pandemia.
É um sinal de que o setor financeiro dos EUA continuará a se apoiar em reduções de pessoal para conter custos, até que haja um recuperação significativa das importantes receitas de comissões com fusões e aquisições e com captações nos mercados de renda fixa e variável.
Se a atividade de captações e M&A continuar devagar, os bancos que já haviam reduzido suas equipes ou fizeram cortes mínimo podem precisar avaliar cortes adicionais.
O tamanho dos cortes tem variado amplamente. O Citigroup eliminou dezenas de cargos em sua divisão de banco de investimento em novembro.
O Morgan Stanley cortou um número muito maior, de 1.600 funcionários, em dezembro, enquanto o Goldman Sachs embarcou em uma de suas maiores rodadas de demissões no mês passado, de 3.200 pessoas.
Um representante do Bank of America não quis comentar.
Houve relutância no Bank of America em realizar reduções de pessoal, que foram suspensas mesmo quando seus pares retomaram os cortes após a pandemia.
O Bank of America deve iniciar seu processo de demissões nas próximas semanas, mas as decisões ainda estão sendo tomadas, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas.