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Bank of America prevê entradas de US$ 1,6 trilhão em ações este ano

19 mar 2021, 10:33 - atualizado em 19 mar 2021, 10:33
Bank of America
Os fluxos indicam que as ações continuam sendo o instrumento de investimento mais procurado, apesar da queda em setores mais caros, como tecnologia (Imagem: Reuters/Chris Keane)

Se investidores continuarem apostando em fundos de renda variável no ritmo atual, esse movimento poderia injetar a quantia “impressionante” US$ 1,6 trilhão em ações neste ano, segundo estrategistas do Bank of America.

Apesar da volatilidade do mercado puxada pelo aumento dos rendimentos dos títulos e apostas de inflação, fundos de ações atraíram um recorde de US$ 68,3 bilhões na semana até 17 de março, de acordo com relatório do BofA na quinta-feira.

Em uma base anualizada, as entradas alcançarão a casa dos trilhões de dólares, superando o recorde anterior de US$ 300 bilhões alcançado em 2017, de acordo com previsão de estrategistas liderados por Michael Hartnett.

Os fluxos indicam que as ações continuam sendo o instrumento de investimento mais procurado, apesar da queda em setores mais caros, como tecnologia. Os títulos registraram entradas de US$ 110 bilhões este ano, apenas um terço dos US$ 347 bilhões em ações, já que os retornos dos índices acionários continuam atraentes com os juros ainda próximos de mínimas históricas.

Por enquanto, investidores preferem ações dos EUA entre os principais mercados em 2021, tendo injetado cerca de US$ 138 bilhões em comparação com apenas US$ 264 milhões na Europa, de acordo com dados do BofA e EPFR Global. Na última semana, fundos dos EUA registraram entrada recorde de US$ 53 bilhões.

Em termos de setores, os fluxos para ações de tecnologia continuam, apesar dos temores de inflação. O segmento atraiu US$ 3,2 bilhões na última semana, o sexto maior volume de todos os tempos, disse o BofA.

Ações financeiras, uma aposta clássica em valor, atraíram o maior volume depois do setor de tecnologia, com entradas de US$ 2,6 bilhões. Investidores se voltam para setores mais baratos e cíclicos com apostas de que as vacinas vão estimular a recuperação econômica.