Bank of America Merrill Lynch: 28% dos gestores estão mais pessimistas com Brasil
“Poderão os efeitos macroeconômicos estragar a festa do Brasil?”. A indagação está contida em relatório do Bank of America Merrill Lynch divulgado nesta terça-feira, no qual o banco publica o resultado de pesquisa mensal com gestores de fundos na América Latina.
Para os analistas David Beker, Nicole Inui e Claudio Irigoyen, a escalada da guerra comercial na última semana fez com que os fatores macroeconômicos voltassem à tona para os investidores.
“46% dos respondentes afirmam que a guerra comercial é o maior risco de cauda da América Latina”, diz o Bank of America Merrill Lynch, destacando ainda que o patamar é o mais elevado desde o início da pesquisa. Logo atrás, a relação entre desaceleração na China e demanda por commodities aparece com 27%.
Em relação as expectativas do Ibovespa, 59% enxergam que o índice paulista poderá superar os 110 mil pontos no final do ano, número 28 pontos percentuais abaixo em relação aos 87% de maio. Na região latino-americana, somente 29% dos investidores institucionais pretendem elevar exposição às ações.
A despeito da desaceleração global, “acreditamos que os investidores permanecem otimistas com o Brasil: quase todos acreditam que o país ganhará novamente o grau de investimento”, dizem os analistas.
Além disso, para 71% dos respondentes, as ações deverão apresentar performance superior às outras classes de ativos nos próximos seis meses.