Bank of America lista as 4 melhores ações da Bolsa (e as 2 menos atrativas) para o 2T22
Com a chegada do segundo trimestre, o Bank of America (BofA) decidiu que era o momento de revisar a lista de melhores e piores ações latino-americanas para o período.
A nova lista reflete o calendário de eventos específicos que tenham relevância para mexer com a performance dos ativos.
Foram considerados nomes com recomendação de compra para outperform (desempenho esperado acima da média do mercado) e recomendação equivalente à venda para underperform (desempenho esperado abaixo da média do mercado).
Para o segundo trimestre de 2022, o BofA apresentou sete “ideias de compra” e três “ideias underperform” de variados setores.
Entre as melhores ideias para o trimestre estão as empresas brasileiras Eletrobras (ELET3;ELET6) Itaú Unibanco (ITUB4), PetroRio (PRIO3) e Suzano (SUZB3).
Já as indicações de venda incluem Transmissão Paulista (TRPL4) e Porto Seguro (PSSA3).
De empresas latino-americanas e não brasileiras, os melhores nomes, de acordo com o BofA, são: BanBajío, um dos principais bancos do México, a cimenteira GCC e a metalúrgica Tenaris.
A Southern Copper completa a lista das três ações underperform, segundo o BofA.
Privatização no radar
Na sexta-feira (8), as ações da Eletrobras estiveram entre os destaques de alta do Ibovespa. Os papéis ganharam impulso após comentários do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, sobre as possíveis consequências de uma não privatização da companhia, entre elas a chance de que a usina nuclear de Angra 3 não seja concluída.
Após atrasos na agenda, a pauta sobre a privatização da companhia parece dar seus primeiros passos. No início do mês, o governo federal autorizou uma oferta secundária de ações da Eletrobras para dar maior segurança ao procedimento de desestatização da companhia, previsto para este ano.
A modelagem para a privatização da companhia está para ser avaliada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Preços das commodities
A alta dos preços das commodities tem beneficiado as empresas produtoras de petróleo, minério de ferro, gás natural e trigo, por exemplo.
Nessa onda, as ações da PetroRio acumulam uma valorização de mais de 10% no ano, na esteira do aumento das cotações do petróleo.
A Suzano, por outro lado, registra uma queda de 8,5% desde o início de 2022, apesar do aumento nos preços da celulose. A desvalorização do dólar em relação ao real, somada à inflação crescente, tem colocado pressão sobre os papéis.
Em março, o Bradesco BBI divulgou um relatório sobre a empresa. Embora o banco entenda que esses dois fatores vão prejudicar os números da Suzano em 2022, existe um “poderoso fator” compensando as pressões no período.
Na avaliação do Bradesco BBI, os preços elevados da celulose, que têm surpreendido de maneira positiva, devem mitigar os riscos de uma moeda real mais valorizada e dos efeitos negativos da inflação.
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