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Bancos voltam a liderar ganhos do Ibovespa com possível mudanças nos compulsórios

06 set 2019, 14:42 - atualizado em 06 set 2019, 16:54
O presidente do BC defendeu mais uma vez a “redução estrutural da necessidade de depósitos compulsórios” (Imagem: Bloomberg)

Por Investing.com

As ações dos bancos têm nesta sexta-feira mais uma sessão de forte valorização, contribuindo para o resultado positivo do Ibovespa. Por volta das 14h30, as ações do Bradesco (BBDC4) eram negociadas com ganhos de 3,58% a R$ 34,40, as do Banco do Brasil (BBAS3) 3,73% a R$ 49,23, Itaú Unibanco (ITUB4) 3,26% a R$ 35,15 e Santander Brasil (SANB11)2,86% a R$ 44,20. Desta forma, lideram os ganhos do Ibovespa.

O mercado reage ainda reage às declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, de que a economia brasileira, apesar de fragilizada, ainda vai apresentar resultados expressivos em 2019. Ele participou ontem do seminário Agenda do Brasil para Crescimento Econômico e Desenvolvimento, organizado pela Americas Society/Council of the Americas (AS/COA) e realizado em Brasília.

O presidente do BC defendeu mais uma vez a “redução estrutural da necessidade de depósitos compulsórios”, prática na qual a autoridade monetária retém parte do dinheiro da economia por meio dos bancos comerciais.

Campos Neto destacou que o Brasil tem, atualmente, um volume de compulsório alto, em torno de R$ 400 bilhões, com a ideia sendo criar duas novas linhas de crédito para as instituições financeiras, mediante uma Assistência Financeira de Liquidez (AFL), o que permitirá “reduzir bastante” os compulsórios.

Na avaliação do banco de investimentos Credit Suisse, caso a intenção se confirma, será consistente com o ambiente com taxa de juros mais reduzidas. Com isso, o Banco Central pode reduzir as distorções existentes nos spreads de crédito dos bancos.

Os analistas do banco destacam ainda que a redução dos compulsórios será positiva para o setor, o que vai permitir maior flexibilidade na alocação do capital e um maior crescimento no crédito, principalmente porque liquidez não é um problema para as instituições.