Bancos manterão no balanço o crédito para compra do Twitter, dizem fontes
Bancos que forneceram empréstimo de 13 bilhões de dólares para a compra do Twitter por Elon Musk abandonaram os planos de vender a dívida a investidores devido à incerteza em torno da empresa de mídia social, disseram fontes a par do assunto.
Os bancos não planejam sindicalizar a dívida como é comum nessas aquisições, mas mantê-la em seus balanços até que haja mais apetite dos investidores, disseram as fontes.
Os bancos, que incluem Morgan Stanley e Barclays, não responderam a pedidos de comentários.
O Bank of America não comentou. Representantes de Musk e do Twitter não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
Musk acertou a compra do Twitter por 44 bilhões de dólares em abril, antes do Federal Reserve começar a elevar taxas de juros para combater a inflação.
Isso fez com que o financiamento parecesse muito barato aos olhos de potenciais investidores, de modo que os bancos teriam uma perda de centenas de milhões de dólares para tirá-lo de seus livros.
A incerteza em torno da conclusão do negócio também impede os bancos de repassar a dívida. Musk tentou sair do acordo de compra, argumentando que o Twitter o enganou sobre o número de contas de spam na plataforma, e só decidiu seguir com a transação no início deste mês.
Ele não revelou detalhes sobre a nova liderança e plano de negócios do Twitter, e muitos investidores estão esperando mais detalhes nessa frente, disseram as fontes.
O pacote de dívida para o negócio do Twitter é composto por empréstimos arriscados, devido ao montante de dívida assumido, bem como títulos garantidos e não garantidos.
O aumento das taxas de juros e a volatilidade do mercado levaram os investidores a ficar longe de algumas dívidas mais arriscadas.
Bancos liderados pelo Bank of America sofreram um prejuízo de 700 milhões de dólares em setembro com a venda de cerca de 4,55 bilhões em dívidas que respaldavam a aquisição alavancada da empresa de software empresarial Citrix.
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