Bancos estão dispostos a ceder dividendos para dar mais tempo à Odebrecht, avalia Guide
Segundo a Guide Investimentos, a possibilidade dos bancos credores da Odebrecht – Itaú Unibanco (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Banco do Brasil (BBAS3) e BNDES – de liberar o pagamento de dividendos de 2018 da Braskem (BRKM5) deve ser vista como positiva para a petroquímica.
“Os bancos credores estão dispostos a ceder nos dividendos para dar mais tempo à Odebrecht, por entenderem que podem extrair mais valor da Braskem no futuro”, afirma a corretora.
Em negociação com a Odebrecht para definir o plano de recuperação judicial da empreiteira, os bancos estão levantando uma série de questões no acordo, dentre elas a execução de garantias das instituições financeiras que detêm as ações da Braskem e ainda a destinação dos dividendos da petroquímica.
Segundo a matéria d’O Petróleo, pode-se esperar que a Braskem volte a ser posta à venda em 2020. A Odebrecht também informou a possibilidade de ceder na justiça o bloqueio do direito dos credores em alienar as ações se os bancos concordarem em não vender os papéis em até dez meses. Em troca, a empreiteira buscaria definir uma liberação sobre o pagamento dos dividendos do ano passado.
A Guide também destaca algumas pendências da Braskem que podem servir de empecilho para a conclusão do caso: “O passivo em Alagoas referente à exploração de minas de sal-gema e a falta de entrega do documento 20-F à Securities Exchange Comission (SEC) nos Estados Unidos ainda são entraves para uma possível alienação do controle”.
A corretora acredita que a companhia deve continuar a focar em resolver essas questões para conseguir destravar uma possível venda do controle.