Economia

Bancos esperam leve correção para bolsas dos EUA em 2022

13 dez 2021, 17:38 - atualizado em 13 dez 2021, 17:38
Wall Street
O mercado acionário tem mostrado resiliência aos riscos apresentados pela retirada do estímulo e pela variante ômicron (Imagem: Pixabay)

Otimistas e pessimistas de Wall Street agora concordam em uma coisa: qualquer correção no mercado acionário em 2022 provavelmente será uma retração moderada, em vez de uma forte queda.

Estrategistas do Morgan Stanley liderados por Michael Wilson disseram na segunda-feira que agora estão mais confiantes de que o índice S&P 500 cairá cerca de 6,6% até o fim de 2022, para 4.400 pontos.

Embora esteja entre as previsões mais pessimistas de Wall Street para o ano que vem rastreadas pela Bloomberg, está longe de prever um mercado baixista.

No Goldman Sachs, estrategistas reiteraram a previsão de que as bolsas continuarão avançando em 2022, embora em um “ritmo mais lento”. No entanto, também disseram que um pequeno recuo é provável.

“Embora esses níveis não nos digam que um mercado baixista é iminente, implicam em maiores riscos de uma correção e mais vulnerabilidade a decepções (relacionadas ao crescimento ou taxa de juros)”, escreveram estrategistas liderados por Peter Oppenheimer em nota.

Os níveis atuais do índice, disseram, indicam retornos baixos de um dígito ao longo de 12 meses, com uma queda máxima entre 5% e 10%.

O mercado acionário tem mostrado resiliência aos riscos apresentados pela retirada do estímulo e pela variante ômicron: o S&P 500 subiu para nível recorde na sexta-feira. Com os rendimentos dos títulos ainda baixos, investidores continuam a ver as ações como o principal veículo de retorno.

Mas após o rali deste ano, as expectativas de ganhos em 2022 são moderadas. Pesquisa do Deutsche Bank mostrou que gestores de fundos projetam alta de apenas 4,2%, em média, para o mercado acionário dos EUA em 2022.

Agora que o risco da ômicron para o crescimento diminuiu, estrategistas do Morgan Stanley apontam para a provável redução “muito mais rápida” do estímulo do Federal Reserve, em comparação com 2014, como um dos principais riscos para as ações.

Goldman e Morgan Stanley concordam que a seleção de ações se tornará mais importante em 2022, com a desaceleração da retomada pós-pandemia que quase indiscriminadamente impulsionou as bolsas.

“A seleção de ações será difícil, mas uma condição necessária para gerar retornos significativos em 2022, já que o mercado separa vencedores e perdedores e o índice basicamente não irá a lugar nenhum nos próximos 12 meses”, disse o Morgan Stanley em nota aos clientes.

O Goldman Sachs recomenda uma abordagem mais “eclética” em 2022, com foco na “melhoria do valor juntamente com empresas rentáveis e de crescimento geradoras de caixa”.

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