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Bancos e cooperativas demandam R$ 654,5 mi para cafezais atingidos por geadas

04 nov 2021, 15:26 - atualizado em 04 nov 2021, 15:26
A maior demanda foi apresentada pelo Banco do Brasil, com 164,5 milhões de reais (Imagem: REUTERS/Roosevelt Cassio)

Bancos e cooperativas apresentaram demanda de 654,5 milhões de reais referente à linha de crédito do governo federal para conceder a produtores que tiveram cafezais atingidos por geadas neste ano, informou o Ministério da Agricultura nesta quinta-feira.

O volume representa 49% do total de 1,3 bilhão de reais em recursos reservados do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para cafeicultores de Minas Gerais, São Paulo e Paraná afetados pelo problema climático, conforme levantamento da Secretaria de Política Agrícola do ministério.

“A partir da sistematização dessas demandas e assinatura dos contratos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os recursos estarão disponíveis para os agentes financeiros na próxima semana”, disse a pasta.

Segundo a análise, dos 34 agentes financeiros que operam com o Funcafé, nove bancos comerciais solicitaram 338,8 milhões de reais, enquanto dois bancos cooperativos e dez cooperativas de crédito demandaram outros 315,7 milhões. A taxa de juros é de 7% ao ano.

A maior demanda foi apresentada pelo  Banco do Brasil (BBAS3), com 164,5 milhões de reais, mostraram os dados. Na sequência, aparece a Cooperativa Central Crediminas, com solicitação de 82,98 milhões.

O banco cooperativo Sicoob solicitou 80 milhões de reais. o banco Rabobank, o BTG (BPAC11) e o Sicoob Coopacredi também estão entre os destaques com 60 milhões de reais cada.

“Os recursos que não foram demandados, cerca de 665 milhões de reais, serão, posteriormente, redistribuídos para as demais linhas de crédito do Funcafé (custeio, comercialização, aquisição de café e capital de giro)”, ressaltou o ministério.

Uma prolongada seca e as geadas de julho podem resultar em perdas significativas para a próxima safra de café do Brasil.

Somente em Minas Gerais, principal Estado produtor de café, estima-se que os danos atingiram cerca de 19% das áreas da cultura, o equivalente a 173,68 mil hectares, segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG).

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