Tecnologia

Bancos digitais: crédito via Pix? Confira as tendências para os próximos anos

17 maio 2023, 9:31 - atualizado em 17 maio 2023, 9:31
Carteira digital
Bancos digitais apostam na tecnologia. (Imagem: Unsplash/@naipo_de)

Com a consolidação de novas tecnologias, os bancos digitais que atuam no país aderem a novas tendências. A cada dia surgem diferentes produtos, aplicações e processos no quesito inovação.

Assim, algumas tendências tecnológicas estarão cada vez mais consolidadas nos próximos cinco anos.  No momento, já ocorre um grande avanço na implantação do Open Finance e um crescimento sólido do Pix. Além disso, a adesão às soluções inovadoras como o onboarding digital com biometria, o uso de inteligência artificial e a priorização da cibersegurança.

Open Finance

De acordo com a Febraban, após dois anos de operação no Brasil, o Open Finance registrou 17,3 milhões de consentimentos de clientes para compartilhar seus dados pessoais e bancários entre as instituições financeiras participantes.

As informações coletadas são utilizadas para oferecer aos clientes ofertas de produtos e serviços personalizados. De acordo com Wagner Martin, vice-presidente de negócios da Veritran, o Open Finance contribui para uma melhor experiência do cliente.

“O Open Finance traz várias vantagens para o cliente em termos de uma melhor experiência. Reduzir o atrito do usuário já é um benefício. Às vezes, uma usabilidade mais simples para a mesma coisa já é um benefício”, afirma. “Os bancos que primeiro demonstrarem as vantagens serão os primeiros escolhidos e conseguirão muitos clientes”, completa.

Pix

A introdução do pix e o investimento dos bancos em seus aplicativos fez com que as transações financeiras tivessem um aumento expressivo. Segundo dados da Febraban, o Pix foi e continua sendo uma ferramenta fundamental para impulsionar o acesso bancário e a inclusão financeira no país.

Além disso, o Banco Central do Brasil já divulgou o lançamento do novo serviço de transferência bancária instantânea, o Pix Crédito, previsto para o segundo semestre de 2023, operação que oferece ao consumidor a oportunidade de parcelar suas compras sem usar nenhum tipo de cartão.

Outra novidade a ser lançada é o Pix Internacional, que objetiva conectar os mercados de aproximadamente 60 países, solucionando dificuldades como a conversão de diferentes taxas de câmbio.

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Onboarding digital com biometria

A partir do crescimento expressivo das transações digitais, o onboarding com o uso de biometria é uma tendência para os bancos. Assim, a segurança dos clientes é maior, o que gera mais confiança.

“Com o crescimento das transações por mobile banking, o onboarding com biometria também vem ganhando importância. E quando falamos em segurança no banco digital, essa tecnologia ganha cada vez mais destaque”, ressalta Martin.

De acordo com o estudo global da Accenture Payments gets personal — strategies to stay relevant, espera-se uma maior adesão dos pagamentos biométricos. 42% dos entrevistados acreditam que a biometria provavelmente será amplamente utilizada até 2025.

Machine learning e Inteligência artificial

O crescente interesse dos bancos em machine learning e inteligência artificial responde à capacidade que estas tecnologias têm de coletar e gerir dados, que serão cada vez mais tratados como um produto valioso, segundo um estudo da Accenture sobre as principais tendências bancárias para 2023.

Somente no ano passado, o setor bancário brasileiro investiu R$ 35,5 bilhões (US$ 6,68 bilhões) em tecnologia, segundo a Febraban. Todos esses investimentos foram focados em nuvem, inteligência artificial, automação de processos robóticos (RPA ou chatbots) e IoT (internet das coisas). Essa tendência deve crescer ainda mais nos próximos anos.

Cibersegurança

Os bancos brasileiros estão, cada vez mais, priorizando a segurança cibernética e essa tendência só aumentará nos próximos anos.

Os bancos vão se concentrar cada vez mais em mensagens criptografadas, autenticação biométrica e tokenização, usando tecnologias como big data, analytics e inteligência artificial nos processos de prevenção de riscos, garantindo maior segurança aos clientes.

“Considerando esses dados, somados à migração para a nuvem, ao desenvolvimento do Open Finance e à multiplicação de inovações em torno do Pix, será fundamental que os bancos brasileiros deem atenção especial à segurança cibernética nos próximos anos, além de incorporem ferramentas para o aumento da segurança dos seus canais digitais, mas sem comprometer a experiência do usuário”, conclui Martin.

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