Bancos

Bancos de Wall Street planejam menor ocupação em escritórios

20 maio 2020, 15:47 - atualizado em 20 maio 2020, 15:47
JPMorgan
As configurações existentes dos escritórios não são adequadas para manter o espaço necessário entre funcionários (Imagem: Reuters/Mike Segar)

Já é possível ter uma ideia de como será Wall Street na era pós-isolamento social.

Grandes bancos preparam escritórios, com capacidade para milhares de pessoas, para receber apenas uma fração desse número. Alguns desses funcionários serão transferidos para áreas fora do centro da cidade e outros trabalharão em casa indefinidamente.

O JPMorgan Chase espera manter a ocupação de escritórios no máximo em 50% pelo “futuro previsível”, enquanto o Goldman Sachs está reabrindo o escritório de Paris com um máximo de 20% dos funcionários em qualquer dia. O Citigroup estuda alugar escritórios em Nova Jersey e em Westchester County e Long Island, em Nova York.

Os maiores bancos do mundo avaliam a melhor maneira de trazer os funcionários de volta aos escritórios com segurança, depois que as restrições impostas para conter a propagação do Covid-19 forem suspensas.

As configurações existentes dos escritórios não são adequadas para manter o espaço necessário entre funcionários para atender às diretrizes de distanciamento social, e sistemas de transporte público lotados não funcionam para os que enfrentam longas viagens.

“É muito difícil imaginar um grande número de pessoas voltando para Manhattan nesses arranha-céus, onde podem ter que esperar algumas horas apenas para subir no elevador”, disse em entrevista Darin Buelow, diretor da Deloitte Consulting e líder de estratégia de localização global da empresa.

No JPMorgan, alguns funcionários irão sentar-se em mesas diferentes e, em alguns casos, em diferentes andares, quando retornarem ao trabalho e a organização flexível de assentos for implementada, de acordo com memorando interno enviado quarta-feira a funcionários da Europa, Oriente Médio e África.

Avisos semelhantes foram enviados a trabalhadores dos EUA, exceto funcionários de agências, disse uma pessoa a par do assunto.

Na região de Nova York, corretores imobiliários e proprietários de escritórios em bairros fora do centro da cidade registraram um aumento do interesse do setor financeiro, além de empresas de mídia e tecnologia e escritórios de advocacia.

A Rubenstein Partners, proprietária de escritórios no norte de Nova Jersey e Stamford, Connecticut, recebeu consultas sobre várias centenas de milhares de metros quadrados de escritórios, principalmente de empresas com sede em Nova York, segundo Brandon Huffman, gerente da empresa.

“Há um número esmagador de funcionários que precisam de transporte público para acessar o ambiente urbano”, disse. “Ninguém sabe como isso vai funcionar em um mundo de distanciamento social.”

Compartilhar

TwitterWhatsAppLinkedinFacebookTelegram
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar