Internacional

Bancos chineses fazem emissões recorde para cobrir inadimplência

28 jul 2022, 13:31 - atualizado em 28 jul 2022, 13:31
Mulher usa smartphone em metrô de Pequim
A economia da China se expandiu no ritmo mais fraco em mais de dois anos no segundo trimestre devido aos lockdowns de Covid-19 (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

Os bancos chineses correm para aumentar seu capital e se preparar para um possível surto de inadimplência em meio a uma desaceleração econômica e à crescente crise imobiliária.

As instituições financeiras do país levantaram uma quantidade recorde de dinheiro no mercado, com um salto de 29% nas emissões de títulos no primeiro semestre em relação ao ano passado, para reabastecer capital e cobrir perdas de crédito.

As autoridades locais também forneceram fundos de suas vendas de títulos públicos para ajudar os credores regionais descapitalizados.

A economia da China se expandiu no ritmo mais fraco em mais de dois anos no segundo trimestre devido aos lockdowns de Covid e uma desaceleração prolongada do mercado imobiliário, e cresce a preocupação com empresas e indivíduos que não conseguem pagar seus empréstimos.

Esses temores se aprofundaram recentemente quando centenas de milhares de mutuários se recusaram a pagar prestações de imóveis que ainda não foram construídos, o que aumenta a pressão sobre construtoras que podem enfrentar mais dificuldades para vender seus projetos e honrar suas dívidas.

“Acreditamos que a qualidade dos ativos está piorando devido aos lockdowns de Covid, à queda no preço dos imóveis, aos riscos associados a pequenos e micro empréstimos e à desaceleração econômica geral na China”, disse Harry Hu, diretor sênior da S&P Global Ratings. As injeções de capital do governo “ajudarão os pequenos bancos regionais com grandes volumes de empréstimos ruins a limpar seus balanços e apoiar as economias locais”.

Neste ano até 27 de julho, os credores chineses emitiram um total de 568 bilhões de yuans (US$ 84 bilhões) de dívida.

Os quatro grandes bancos estatais da China são os principais emissores de títulos este ano, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, mas os bancos regionais também foram a mercado para captar.

Além disso, o governo central permitirá que 320 bilhões de yuans gerados com a venda de títulos locais especiais sejam usados para complementar o capital de bancos de médio e pequeno porte, o Financial News relatou na semana passada, citando um funcionário não identificado da Comissão Reguladora de Bancos e Seguros da China.

O valor, incluindo 120 bilhões de yuans em fundos não utilizados ano passado, é 60% maior do que em 2020, quando o dinheiro da venda desses títulos foi autorizado a ser usado pela primeira vez para esse fim.

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