Internacional

Bancos Centrais da América Latina têm chance de confrontar economias fracas, diz FMI

29 out 2019, 9:45 - atualizado em 29 out 2019, 9:45
Alejandro Werner, diretor do FMI para o hemisfério ocidental
Números regionais de inflação próximos às expectativas dão às autoridades espaço para reagir em quase todos os países da América Latina, disse o diretor do FMI para o hemisfério ocidental (Imagem: Reuters/Luisa Gonzalez)

Os países latino-americanos ainda têm a chance de mitigar a fraqueza econômica que muitos deles estão sofrendo com os cortes nas taxas de juros, mas suas opções fiscais são limitadas, afirmou nesta segunda-feira uma autoridade do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A organização multilateral alertou para o risco de menor crescimento global em meio a guerras comerciais e incerteza sobre as políticas econômicas em alguns países.

O credor global prevê que a América Latina e o Caribe crescerão 0,2% este ano e 1,8% em 2020.

Os números regionais de inflação próximos às expectativas dão às autoridades espaço para reagir em quase todos os países da América Latina, onde o crescimento está abaixo da taxa de juros considerada neutra em cada país, disse o diretor do FMI para o hemisfério ocidental, Alejandro Werner, em um evento em Bogotá.

“A política monetária pode continuar sendo uma alavanca importante para enfrentar cenários negativos em relação ao que estamos esperando para os próximos anos, para que haja mais espaço para a parte da política monetária”, disse Werner.

“Caso seja necessário, basicamente (os bancos centrais) reagem se a economia mostrar uma certa anemia.”

Em termos fiscais, a região é limitada devido aos altos níveis de dívida, grande parte em moeda estrangeira, o que aumenta o risco no caso de movimentos cambiais, acrescentou.

“As autoridades fiscais devem encontrar a velocidade necessária para a consolidação fiscal, a fim de não gerar um impacto tão forte no curto prazo, mas devem enviar sinais de consolidação no médio prazo, para que as condições de acesso aos mercados financeiros continuem favoráveis ao setor privado e ao próprio governo”, afirmou Werner.

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