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Bancos brasileiros deram um show na crise, avalia Franklin Templeton

10 ago 2020, 12:54 - atualizado em 10 ago 2020, 12:54
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Segundo a Templeton, quando o surto passar, os bancos de qualidade irão retomar o crescimento secular (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Os bancos brasileiros mostraram uma forte resiliência durante a crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus, ressalta a gestora especializada em mercados emergentes Franklin Templeton. O setor financeiro brasileiro foi eleito como o principal destaque, entre três, para o mês de julho. Os outros foram o setor de semicondutores de Taiwan e a economia da Coreia do Sul.

O documento ressalta que o setor bancário do Brasil sofreu com a desaceleração do crescimento dos empréstimos, queda das margens e aumento da inadimplência prejudicaram as previsões de lucros de curto prazo, mas admite que há apenas uma baixa probabilidade de uma crise.

“A pandemia poderia, de fato, ter o efeito indesejado de aumentar a penetração dos bancos no Brasil. O desembolso do auxílio de emergência pelo governo por meio dos bancos obrigou indivíduos anteriormente “sem banco” a abrir contas. Esse grupo de novos clientes pode gerar uma nova onda de demanda por serviços financeiros no futuro”, avaliam.

Segundo a Templeton, quando o surto passar, os bancos de qualidade irão retomar o crescimento secular.

“A penetração do crédito no Brasil está muito abaixo de muitos outros mercados, sinalizando espaço para subir nos próximos anos. O Banco Central também cortou sua taxa de juros para uma baixa recorde, o que reduz o custo de renegociação ou reestruturação de empréstimos e pode ser um catalisador para o crescimento do crédito de longo prazo”, aponta.

Com isso, a gestora reiterou a sua convicção otimista de longo prazo para os bancos brasileiros.