Bancos brasileiros deram um show na crise, avalia Franklin Templeton
Os bancos brasileiros mostraram uma forte resiliência durante a crise econômica gerada pela pandemia do coronavírus, ressalta a gestora especializada em mercados emergentes Franklin Templeton. O setor financeiro brasileiro foi eleito como o principal destaque, entre três, para o mês de julho. Os outros foram o setor de semicondutores de Taiwan e a economia da Coreia do Sul.
O documento ressalta que o setor bancário do Brasil sofreu com a desaceleração do crescimento dos empréstimos, queda das margens e aumento da inadimplência prejudicaram as previsões de lucros de curto prazo, mas admite que há apenas uma baixa probabilidade de uma crise.
“A pandemia poderia, de fato, ter o efeito indesejado de aumentar a penetração dos bancos no Brasil. O desembolso do auxílio de emergência pelo governo por meio dos bancos obrigou indivíduos anteriormente “sem banco” a abrir contas. Esse grupo de novos clientes pode gerar uma nova onda de demanda por serviços financeiros no futuro”, avaliam.
Segundo a Templeton, quando o surto passar, os bancos de qualidade irão retomar o crescimento secular.
“A penetração do crédito no Brasil está muito abaixo de muitos outros mercados, sinalizando espaço para subir nos próximos anos. O Banco Central também cortou sua taxa de juros para uma baixa recorde, o que reduz o custo de renegociação ou reestruturação de empréstimos e pode ser um catalisador para o crescimento do crédito de longo prazo”, aponta.
Com isso, a gestora reiterou a sua convicção otimista de longo prazo para os bancos brasileiros.