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Bancos avançam após susto da véspera com declarações de Bolsonaro sobre CPMF

17 dez 2019, 16:17 - atualizado em 17 dez 2019, 16:17
Presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto
O governo, no entanto, só aceitaria criar um imposto se outro tributo for extinto, disse o presidente (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Depois do resultado negativo da véspera em meio a um susto com notícias de uma eventual volta da CPMF, as ações dos bancos operam com ganhos na parte da tarde desta terça-feira na bolsa de São Paulo.

O governo declarou que não há dados para afirmar que a volta do tributo irá avançar.

Assim, por volta das 16:15, os papéis do Itaú (ITUB4) avançavam 0,73% a R$ 35,78, com Bradesco (BBDC4) somando 2,11% a R$ 34,91 e Santander (SANB11) 1,35% a R$ 45.14. Já o Banco do Brasil (BBAS3) tem ganhos de 1,30% a R$ 48,49.

A declaração foi dada pelo porta-voz da Presidência, general Otávio do Rêgo Barros, em briefing à imprensa nesta segunda-feira.

“A bem da verdade, o presidente reconhece que o trabalho desencadeado pelo Ministério da Economia vem colocando o país na trilha da pujança e do desenvolvimento que seria natural a partir do próprio governo”, disse.

“Não obstante essas questões que são muito técnicas —e aí eu incluo o antigo CPMF ou coisa que o valha— ainda não está no escantilhão do próprio presidente e eventualmente pode estar sendo analisado pelo Ministério da Economia, mas nós não temos dados nem referência mais objetiva para afiançarmos se isso vai adiante ou não”, completou.

Mais cedo, Bolsonaro havia dito que “todas as alternativas estão na mesa” após ter sido questionado sobre possível volta de um imposto sobre transações financeiras.

O governo, no entanto, só aceitaria criar um imposto se outro tributo for extinto, disse o presidente.

“Nós não queremos criar nenhum novo tributo. A não ser que seja para extinguir outros e, assim mesmo, colocado junto à sociedade, para ver qual a reação da sociedade, a gente vai levar adiante essa proposta ou não.”

A última vez que a adoção de um imposto nos moldes da antiga CMPF veio à tona foi meses atrás quando o então secretário especial da Receita, Marcos Cintra, defendia a inclusão do tributo na proposta de reforma tributária a ser apresentada pelo governo. Cintra acabou deixando o cargo após uma das negativas de Bolsonaro sobre essa possibilidade.

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