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Governo vai estruturar “Banco de Defesa Nacional” para fomentar exército, diz Valor

11 set 2019, 11:14 - atualizado em 11 set 2019, 11:20
Exército
Ainda sem nome, instituição é tratada de forma extraoficial como “Banco de Defesa Nacional” (Imagem: REUTERS/Bruno Kelly)

Por Investing.com

Com objetivo de atender a indústria de defesa, por meio de empréstimos, garantias e seguros de crédito à exportação, o governo federal estuda criar um novo banco, que ainda não tem nome, mas já tratado de forma extraoficial de Banco de Defesa Nacional. As informações são da edição desta quarta-feira do jornal Valor Econômico.

De acordo com a reportagem, a instituição teria início com aportes de capital 100% privado, passando a oferecer para empresas do setor produtos e serviços que não eram obtidos em instituições privadas. Além disso, é possível ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também capitalize o banco.

A iniciativa tem potencial para contribuir com os negócios no exterior de companhias brasileiras como a CBC, AEQ, Avibras, Embraer (EMBR3), Imbel, Taurus Armas (FJTA4), Gespi e Aeres.

Com o capital sendo das empresas, caberá ao Poder Público a função de mobilização desses recursos. O secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Marcos Degaut, disse ao Valor que a iniciativa está bastante avançada e deve iniciar em um futuro próximo.

Ao jornal, Degaut destaco que as exportações do setor chegaram a um valor recorde de US$ 937 milhões de janeiro a agosto, mais do que todo o montante registrado em 2018. Já as estimativas oficiais apontam para um potencial de vendas ao exterior de até US$ 6 bilhões anuais.

Um fator que pode ajudar, de acordo com o secretário, é o novo status de aliado preferencial extra-Otan dado pelos Estados Unidos ao Brasil. Com isso, empresas brasileiras poderão participar mais de licitações do governo americano.

Na reportagem, Degaut explica que atualmente faltam mecanismos de apoio ao setor. A indústria de defesa, segundo ele, não é compreendida pelos bancos nacionais têm e os estrangeiros sofrem restrições para apoiar o desenvolvimento de produtos que podem se transformar em concorrentes de suas empresas nos países de origem.

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