Banco Mundial corta estimativa para o PIB do Brasil
O Banco Mundial cortou a projeção para o crescimento do PIB no Brasil de 0,5% para 0,3%, mostra o relatório semestral publicado pela instituição neste domingo (4). A estimativa anterior, feita em janeiro, foi mantida para 2018 em 1,8% e reduzida de 2,2% para 2,1% em 2019.
Segundo o relatório sobre Perspectivas Econômicas Globais, o país irá emergir lentamente da sua recessão.
“Os indicadores de atividade melhoraram, incluindo a retomada do crescimento da produção industrial e uma recuperação do crescimento das exportações, além de ganhos de confiança e de produção. No entanto, o país continua a lutar com o aumento do desemprego e as ainda consideráveis necessidades de ajuste fiscal”, explica o Banco Mundial.
A instituição ressalta que a reforma da Previdência em discussão no Congresso Nacional poderá ser finalizada ainda este ano, o que seguirá ao plano adotado em 2016 e teto de gastos pelos próximos 20 anos.
“No entanto, a perspectiva de médio prazo para o Brasil é limitada pela necessidade de desalavancagem do setor privado e público, após um rápido aumento da dívida antes da recessão de 2015-16”, ressalta o relatório.
Mundo
O Banco Mundial projeta que a economia global cresça 2,7% em 2017, “à medida que uma aceleração dos setores manufatureiro e comercial, confiança crescente do mercado e estabilização dos preços dos produtos básicos permitirem que o crescimento recomece nas economias de mercado emergente de produtos básicos e em desenvolvimento”.
“Por tempo demasiadamente longo temos presenciado o baixo crescimento impedir o progresso do combate à pobreza. É assim um incentivo ver sinais de que a economia global se está firmando”, afirmou Jim Yong Kim, Presidente do Grupo Banco Mundial.
“Graças a uma recuperação frágil, mas real em andamento, os países devem aproveitar esta oportunidade para empreender reformas institucionais e do mercado capazes de atrair o investimento privado para no longo prazo ajudar a apoiar o crescimento. Os países devem também continuar a investir nas pessoas e construir resiliência contra desafios sobrepostos, incluindo a mudança do clima, conflito, deslocamento forçado, fome e doença”, destaca Kim.