Banco Mundial: 40% de todo o talento brasileiro permanece invisível para a sociedade
O Brasil desperdiça 40% do seu contingente de talentos, avalia o Banco Mundial. Segundo um estudo inédito da instituição, uma criança brasileira nascida em 2019 atinge apenas 60% de todo o seu potencial.
O número é resultado do Relatório e Capital Humano Brasileiro (RCHB), que propõe um indicador para medir os avanços na acumulação de capital humano no Brasil: o Índice de Capital Humano (ICH).
A pontuação do indicador varia de 0 a 1 ponto, e mede a produtividade de uma pessoa nascida hoje aos 18 anos de idade. Segundo o Banco, “os ICHs mais altos hoje significam maior produtividade do trabalho no futuro”.
O ICH medido no Brasil é de 0,60, um valor menor em relação a outros países latinos, como Chile, que mediu 0,65, e México, com 0,61 pontos; e frente aos países desenvolvidos, como Japão, com 0,85, e EUA, que somou 0,70 no indicador.
O relatório do Banco Mundial ressalta que “não há tempo a perder”, já que se o ICH manter a trajetória observada entre 2007 e 2019, “o Brasil levará aproximadamente 60 anos para atingir os patamares de capital humano alcançados pelos países desenvolvidos já em 2019”.
Além disso, o banco também estima que o PIB brasileiro poderia ser 2,5 vezes maior (uma alta de 158%), caso o potencial das crianças do país se desenvolvesse ao máximo, chegando ao pleno emprego na vida adulta.
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