Comprar ou vender?

Banco Inter: Mais otimista que o mercado, UBS BB diz que chegou a hora de comprar

07 jan 2022, 19:54 - atualizado em 07 jan 2022, 19:54
O consenso dos analistas para os resultados do banco para 2022 começou a ser cortado após a revelação dos dados operacionais do terceiro trimestre de 2021 (Imagem: Divulgação/Banco Inter)

O banco de investimentos UBS BB está mais otimista do que o mercado e avalia que já chegou a hora de o investidor voltar a comprar os papéis do Banco Inter (BIDI11) na Bolsa, revela um relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times.

A recomendação foi elevada de neutra para compra, enquanto o preço-alvo foi cortado de R$ 81 para R$ 46, o que representa um potencial de valorização de aproximadamente 72%.

O consenso dos analistas para os resultados do banco para 2022 começou a ser cortado após a revelação dos dados operacionais do terceiro trimestre de 2021 e as correções nas avaliações continuaram após a publicação do balanço e do dia do investidor.

Os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Philip Finch avaliam que os investidores estão muito focados no aumento do custo do capital próprio do banco e subestimam outros aspectos.

Eles ressaltam que o juro do título de 10 anos do Brasil terminou a 10,3% em 2021 e deve continuar em elevação durante o ano eleitoral de 2022. Com isso, o custo médio de capital para os bancos que o UBS BB cobre está em 13,5, enquanto que para o Inter está em 14,1%.

“Mas mesmo assumindo um custo de capital mais alto de 15% para um beta igual a 1 (15,8% para o Inter), ainda vemos potencial de valorização para o Inter”, calculam Batista, Arthuzo e Finch. Neste cenário, o preço-alvo para 12 meses cairia para R$ 34 (upside de 27%).

O relatório ainda destaca que o mercado está pagando quase nada por novas iniciativas e que o Inter negocia com uma capitalização de mercado por cliente com desconto em relação aos concorrentes mais próximos.

Nesta comparação, cada cliente do Inter está avaliado a US$ 270, enquanto que o do Nubank está a US$ 810.

“Acreditamos que os riscos agora estão inclinados para o lado positivo”, concluem.