Banco Inter (INBR32) teve dia de ‘sangria’ na bolsa; entenda o que motivou a queda
Os BDRs e as ações negociadas na Nasdaq do Banco Inter (INTR; INBR32) caminham para encerrar o pregão desta quarta-feira (22) com perdas superiores a 6%.
A força de venda sobre os papéis do laranjinha ocorre após o BTG Pactual cortar a recomendação de “compra” para “neutra” em relatório.
Segundo o banco de investimentos, o rali dos papéis do laranjinha pode ter ocorrido em um passo mais acelerado do que a recuperação dos resultados operacionais, o que tem pressionado os múltiplos do papel.
“Acreditamos que os movimentos [do papel] foram muito fortes e, principalmente, velozes e furiosos”, diz o BTG em relatório.
Embora reconheça perspectivas de melhora nos próximos trimestres, o BTG vê o atual retorno sobre patrimônio (ROE, na sigla em inglês), em 5.16%, em um patamar muito baixo. O ROE é uma das principais métricas para aferir a rentabilidade de uma instituição financeira.
Para melhorar a atual marca, o BTG entende que o Inter precisará reunir quatro elementos-chave: i) aceleração da carteira de crédito; ii) margens precisam continuar aumentando; iii) as despesas operacionais têm de ser diluídas; iv) o custo de risco precisa cair.
Apesar da ressalva, o banco manteve o preço-alvo do BDR negociado para a B3 em R$ 31, o que representa um potencial de valorização de 9% com relação ao preço negociado hoje pelo papel.
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Inter reverteu prejuízo no 3T23
O laranajinha reportou lucro líquido de R$ 104 milhões no terceiro trimestre de 2023, de acordo com o balanço divulgado no início do mês.
Com isso, conseguiu reverter o prejuízo líquido de R$ 29,5 milhões que marcou no mesmo período de 2022, assim como também acelerou na receita bruta total, que cresceu a R$ 2,1 bilhões. No ano passado, o banco tinha atingido R$ 1,5 bilhão.
No 3T23, a base de clientes do Inter avançou a 1 milhão, totalizando 29,4 milhões. Além disso, o banco também destacou 2 milhões de clientes de serviços globais e novas oportunidades de cross-selling (venda cruzada), apontando ser 2,5x maior que os demais clientes.
O Non-Performing Loan, NPL, (+90 dias), o crédito não produtivo, permaneceu estável na base trimestral, mantendo avanço de 4,7% devido ao mix da carteira e melhora de performance dos novos clientes de cartão, segundo o Inter. A carteira de crédito somou R$ 28,4 bilhões no período.
O banco destacou que o baixo custo de funding (captação de recursos) continua sendo uma forte vantagem competitiva.