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Banco Inter continua a atrair clientes e mercado a esperar o “ponto de inflexão”

07 nov 2019, 2:38 - atualizado em 07 nov 2019, 2:38
O custo de aquisição de clientes cresceu a R$ 22,40 na passagem trimestral após alguns meses de queda (Imagem: Divulgação/Banco Inter)

O Banco Inter (BIDI11) terminou o terceiro trimestre de 2019 com um lucro líquido de R$ 11,8 milhões, queda de 38,1% na comparação com o mesmo período do ano passado e bastante abaixo do esperado pelo mercado.

A atração de clientes, contudo, continuou em aceleração e atingiu 3,3 milhões, 1,9 milhão ativos. O ritmo subiu de 10 mil por dia em junho para 12 mil em setembro.

Já o custo de aquisição de clientes cresceu a R$ 22,40 na passagem trimestral após alguns meses de queda puxado por um aumento de custos de marketing.

O BTG Pactual ressalta, ainda, que a satisfação dos clientes, medida pelo NPS, continua abaixo dos 70 pontos, o que não ajuda a criar um efeito “boca a boca”.

O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) chegou a 3%, muito abaixo dos 8,2% alcançado um ano antes.

“Acreditamos que a partir de 2020, estaremos prontos para puxarmos as alavancas que nos levam a um ponto de inflexão, em que receitas crescem mais que as despesas, refletindo no tradicional índice de eficiência”, destacou a gestão do banco em seu relatório.

O banco irá lançar hoje o “super app”, iniciativa que oferece entrega de alimentos e serviços de transporte compartilhado.

“Com a chegada do SuperApp, o banco pode continuar a atrair ainda mais clientes e expandir as oportunidades de receita. Mas a monetização ainda não ocorreu, uma tendência que só deve mudar no próximo ano e que é um risco para o caso de investimento”, argumenta o BTG. Os analistas, contudo, indicam a compra dos papéis.

Já a Eleven Financial continua com uma recomendação neutra, “apesar do avanço do resultado operacional, com novas iniciativas no radar e robusta estrutura de capital para sustentar a expansão do negócio”.

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Veja a íntegra do balanço: