Banco Indusval reduz prejuízo no 4º tri, mas dobra perda no ano

Por Ângelo Pavini, da Arena do Pavini

O Banco Indusval encerrou o quarto trimestre de 2017 com prejuízo líquido de R$ 61,6 milhões, 17,7% abaixo dos  R$ 74,9 milhões registrados no mesmo período de 2016, informou hoje a instituição. Em todo o ano passado, porém, a perda chega a R$ 223,5 milhões, 123% a mais que o resultado negativo de R$ 100,4 milhões de 2016. Os ativos totais do Indusval caíram 35,5%, para R$ 2,655 bilhões.

Os números vieram acompanhados da explicação que o banco passa por uma grande reestruturação de suas operações, que incluem a venda de 70% do braço de corretagem, a Guide Investimentos, para o grupo chinês Fosum, por R$ 290 milhões e a montagem de um banco digital com a The Hive BR Holding, a partir da estrutura da subsidiária do Indusval, o Banco Intercap, e que será voltado para pequenas e médias empresas.

O patrimônio líquido recuou 45,1%, para R$ 272 milhões. No critério ajustado, o patrimônio líquido ficou em R$ 416,9 milhões, queda de 15,8% em um ano. A carteira de crédito expandida fechou 2017 em R$ 1,239 bilhão, 43,1% menor que o saldo ao final de 2016, e queda de 7,5% em relação a setembro. O total de créditos com inadimplência superior a 90 dias aumentou 140,8% em um ano, para R$ 149,1 milhões. Um ano antes, a carteira com atraso estava em R$ 61,9 milhões.

Abaixo do Índice de Basileia

O Índice de Basileia do Indusval chegou a 2,3% em dezembro, ante 11,2% de um ano antes. Em setembro, o indicador estava em 6,1%. No Brasil, o índice mínimo exigido dos bancos é de 11%, o que obrigaria os controladores a aportarem capital no banco até atingir o limite novamente. Mas, no critério ajustado, em que o banco leva em conta o lucro que terá com a venda do controle da Guide Investimentos para o Grupo Fosun, o patrimônio do banco sobe para R$ 417 milhões, o que resultaria em um  Índice de Basileia fechou o ano em 11,8%, acima portanto do exigido pelo BC.