Banco Fibra prevê criação de 4,6 milhões de empregos com alta do PIB

O Banco Fibra calcula que o Brasil vai criar 4,6 milhões de empregos no período de 18 meses iniciado em janeiro de 2018 em um cenário de taxa de desemprego recuando para 11,2% em 2018 e 10,2% em 2019, segundo relatório divulgado nesta segunda-feira (19).

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Cristiano Oliveira e Ágila Cunha, economistas autores do documento, estão mais otimistas que o mercado nas projeções para a atividade econômica, prevendo crescimento de 4,1% do PIB em 2018 e de 3,5% em 2019.

O Relatório Focus, publicado pelo Banco Central, revela que os analistas de mercado esperam alta de 2,8% do PIB neste ano e de 3% no ano que vem.

Dentre as razões por trás da expansão da economia, a equipe do Fibra destaca a taxa de juro real em terreno estimulativo por período relativamente longo, manutenção da inflação baixa, maior apetite dos bancos na concessão de crédito e ambiente internacional favorável.

Inflação e juros

Diante das recentes leituras dos índices de preços, o Fibra revisou a estimativa para a inflação oficial medida pelo IPCA de 4,4% para 3,9% em 2018. Na mesma linha, o Focus mostrou que a expectativa do mercado caiu de 3,84% para 3,81%.

No caso da taxa básica de juro, os analistas consultados pelo Focus projetam Selic em 8% ao fim de 2019. Os economistas do Fibra, por sua vez, reduziram a sua previsão para a taxa Selic ao fim de 2019 de 9,5% para 8,5% ao ano.

“Alguns de nossos modelos econométricos têm sinalizado para taxa de juros real neutra de longo prazo significativamente menor do que aquela que temos adotado em nosso cenário-base. Assim, é provável que em eventual ciclo de alta de juros em 2019 (apenas no segundo semestre?) seja menor do que estimávamos anteriormente.”