Banco Fibra corta estimativas para o PIB e para Selic em maio
O Banco Fibra revisou para baixo as suas estimativas para o crescimento da economia em 2017 e 2018, além de esperar um corte menor para a Selic na próxima reunião do Copom em 31 de maio, ressalta um relatório assinado pelo economista-chefe Cristiano Oliveira.
“Acreditamos que tal crise não terá desfecho rápido e, portanto, impactará negativamente o lado real da economia brasileira”, explica. Para este ano, o PIB esperado é de 0,5% (ante 1%) e, para o próximo, de 2,5% (de 3,5%).
“Não importando qual seja o desfecho, na melhor das hipóteses, a reconquista de maioria parlamentar para aprovação da Reforma da Previdência, ainda em 2017, nos parece uma tarefa bastante difícil”, ressalta o banco.
Oliveira vê três principais incertezas:
1 – aumento das incertezas que deve reduzir ou limitar a melhora dos índices de confiança e assim potencialmente atingir as decisões de consumo e investimento;
2 – o aumento da taxa de juros no mercado futuro que deve diminuir, pelo menos em parte, a eficácia do atual easing monetário e,
3 – a súbita depreciação da taxa de câmbio que tem característica contracionista e inflacionária no curto prazo.
Com isso, o Fibra agora estima um corte menos ousado da Selic na próxima reunião do Banco Central em 31 de maio, que vai de 125 pontos-base para 100 pontos-base. A expectativa de juro a 7% no final do ano ainda foi mantida.
Para o real, o economista entende que a moeda não deverá apresentar depreciação superior ao patamar já registrado nos primeiros dias da crise.
“Porém, se houver mudança para pior na perspectiva de aprovação das reformas e/ou qualquer tipo de saída não constitucional para a crise política, o prêmio de risco e a taxa de câmbio poderão subir consideravelmente”, pondera.
Desta forma, é esperado que a taxa de câmbio nominal fique entre R$ 3,20 e R$ 3,40 nas próximas semanas. O dólar médio de 2017 passou de R$ 3,12 para R$ 3,25.