Banco Fator irá participar da avaliação de venda da Cedae
Flávia Villela – Repórter da Agência Brasil
O consórcio composto pelo Banco Fator S/A, Concremat Engenharia e Tecnologia S/A e Vernalha Guimarães & Pereira Advogados Associados foi o vencedor do pregão eletrônico para contratação de serviços técnicos especializados necessários à estruturação de projeto de desestatização dos serviços de água e esgoto prestados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito hoje (15) pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O valor da proposta do grupo que ganhou ontem o pregão foi de R$ 6,787 milhões, um deságio de 75,12% em relação ao valor estimado e máximo da licitação, segundo o banco, que era de R$ 27,273 milhões. Ao todo, 11 consórcios cadastraram propostas no sistema Comprasnet, do governo federal.
De acordo com o BNDES, após a assinatura do contrato, que deverá ocorrer nas próximas semanas, o grupo vencedor terá sete meses para conclusão de seus trabalhos.
A documentação relativa ao resultado do Pregão Eletrônico 49/2017 pode ser visualizada no site do BNDES. O consórcio, liderado pela Concremat, fará diagnóstico sobre a estrutura da companhia para então elaborar um estudo da demanda e definir o modelo de negócio da da empresa.
A Concremat foi responsável pela construção da ciclovia Tim Maia, em São Conrado, zona sul do Rio, que desabou no dia 21 de abril, atingido por uma grande onda, e matou duas pessoas.
O pregão havia sido cancelado por meio de liminar, em ação impetrada pela Associação dos Profissionais de Saneamento (APS), no início da semana passada, mas o BNDES entrou com agravo de instrumento no plantão de fim de semana do Tribunal Regional Federal da 2ª Região e conseguiu um efeito suspensivo da liminar que impedia a realização do leilão.
A venda da Cedae foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro em fevereiro, como uma das contrapartidas para que o governo do Rio de Janeiro recebesse ajuda financeiro do governo federal.
O BNDES informou, em julho passado, que pretende ser sócio minoritário da companhia, após sua privatização, com participação de até 49% das ações e poder de veto (golden share).