Banco dos Brics empresta US$ 1 bilhão para Brasil lidar com impactos da pandemia
O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), instituição do fomento criada pelo grupo Brics, vai conceder um empréstimo de 1 bilhão de dólares ao Brasil para combater os impactos econômicos da Covid-19, informou a instituição nesta segunda feira.
Segundo o banco, os recursos serão destinados ao programa de pagamento de auxílio emergencial do governo federal. O NDB estima que os recursos poderão beneficiar 5 milhões de pessoas que acessam o benefício voltado para trabalhadores informais, famílias de baixa renda e desempregados.
“O financiamento do NDB constitui ferramenta importante para o governo brasileiro assegurar uma resposta fiscal robusta de combate à pandemia e permitir que investimentos prioritários sejam efetuados, apoiando assim a retomada econômica”, disse o NDB em nota.
De acordo com o banco do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a linha de 1 bilhão de dólares vai se somar a financiamentos de outros cinco bancos multilaterais e agências internacionais de desenvolvimento, como Banco Mundial e Banco Interamericano de Desenvolvimento, totalizando 4 bilhões de dólares em empréstimos.
“A operação emergencial do NDB para o Brasil contribuirá para fortalecer mecanismos de proteção social e enfrentar impactos socioeconômicos da pandemia, particularmente sobre a população mais vulnerável”, afirmou Marcos Troyjo, presidente do NDB.
“A operação também marca importante conquista do governo brasileiro e do NDB na colaboração com outros bancos multilaterais e agências de desenvolvimento, que uniram esforços para combater a Covid-19 no país”, acrescentou.
O NBD informou que o empréstimo ao Brasil é a quarta operação voltada aos países-membros para minimizar os impactos do coronavírus. Já foram concedidos financiamentos semelhantes para China, Índia e África do Sul.
Com o novo financiamento ao Brasil, a carteira de projetos aprovados pelo NDB no país desde sua criação totaliza 2,55 bilhões de dólares. A participação do Brasil no portfólio total do Banco pula, assim, de 8% para 13%.