Banco do Japão não terá banco central para criptoativos
Libra, projeto de uma stablecoin do Facebook, foi um conteúdo-chave de discussão na reunião do G20 e gerou inúmeras preocupações sobre a possibilidade de uma stablecoin global comandada por instituições privadas.
O assunto principal da reunião foi se os bancos centrais de cada país estão averiguando o uso da tecnologia de blockchain e outros métodos para emissão de criptoativos. Bancos centrais da Noruega, Suécia e Canadá já estão considerando planejamentos.
China parece a nação mais próxima de lançar um banco central de criptoativos. O país tem planos para o yuan digital há anos e espera-se que o projeto esteja quase pronto para lançamento.
Por enquanto, o Japão não terá seus próprios criptoativos
Em uma coletiva de imprensa, o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que não existe planejamento específico em relação à emissão de criptomoedas.
O comunicado aconteceu durante uma coletiva de imprensa após a reunião do G20 entre líderes financeiros e bancos centrais.
Entretanto, ele falou da disposição de continuar a estudar métodos a fim de otimizar pagamentos e seus comprovantes internacionais, o que já é de interesse do BIS, Banco de Compensações Internacionais.
Este ano, o BIS elaborou um polo de inovações para identificar tendências-chave na tecnologia que possam impactar o trabalho dos bancos centrais.
Um dos propósitos do grupo inclui a pesquisa sobre uma possível integração de tecnologia de registros distribuídos para uma moeda digital de banco central (CBDCs) e infraestrutura bancária.
Dependendo do desenrolar das tendências, a pesquisa poderia fornecer possibilidades de novos desenvolvimentos.
Masayoshi Amamiya, vice-presidente do Banco do Japão, havia descartado a possibilidade de emissão de moedas digitais em maio do ano passado. Ele disse que uma CBDC pode causar confusão e atrapalhar o “status quo” dos sistemas financeiros.