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Banco do Japão não terá banco central para criptoativos

31 out 2019, 17:20 - atualizado em 30 maio 2020, 12:47
Haruhiko Kuroda, presidente do Banco do Japão, descartou a possibilidade da criação de um banco central voltado para criptoativos (Imagem: Bloomberg)

Libra, projeto de uma stablecoin do Facebook, foi um conteúdo-chave de discussão na reunião do G20 e gerou inúmeras preocupações sobre a possibilidade de uma stablecoin global comandada por instituições privadas.

O assunto principal da reunião foi se os bancos centrais de cada país estão averiguando o uso da tecnologia de blockchain e outros métodos para emissão de criptoativos. Bancos centrais da Noruega, Suécia e Canadá já estão considerando planejamentos.

China parece a nação mais próxima de lançar um banco central de criptoativos. O país tem planos para o yuan digital há anos e espera-se que o projeto esteja quase pronto para lançamento.

Descarte de emissão de criptoativos japoneses não influencia futura implementação de tecnologias de pagamento com bitcoin (Imagem: Pixabay)

Por enquanto, o Japão não terá seus próprios criptoativos

Em uma coletiva de imprensa, o presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que não existe planejamento específico em relação à emissão de criptomoedas.

O comunicado aconteceu durante uma coletiva de imprensa após a reunião do G20 entre líderes financeiros e bancos centrais.

Entretanto, ele falou da disposição de continuar a estudar métodos a fim de otimizar pagamentos e seus comprovantes internacionais, o que já é de interesse do BIS, Banco de Compensações Internacionais.

Este ano, o BIS elaborou um polo de inovações para identificar tendências-chave na tecnologia que possam impactar o trabalho dos bancos centrais.

Vice-presidente do Banco do Japão acredita que uma criptomoeda pode atrapalhar o sistema financeiro mundial (Imagem: Reuters)

Um dos propósitos do grupo inclui a pesquisa sobre uma possível integração de tecnologia de registros distribuídos para uma moeda digital de banco central (CBDCs) e infraestrutura bancária.

Dependendo do desenrolar das tendências, a pesquisa poderia fornecer possibilidades de novos desenvolvimentos.

Masayoshi Amamiya, vice-presidente do Banco do Japão, havia descartado a possibilidade de emissão de moedas digitais em maio do ano passado. Ele disse que uma CBDC pode causar confusão e atrapalhar o “status quo” dos sistemas financeiros.

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