CryptoTimes

Banco do Canadá: provas de conhecimento zero ainda não servem para CBDCs

30 jun 2020, 7:59 - atualizado em 30 jun 2020, 8:03
bitcoin canadá bandeira
Uma prova de conhecimento zero (ZPK) permite que uma parte (o “verificador”) confirme que algo sobre outra parte (o “comprovador”) é verdade sem saber qualquer outra informação sobre o “comprovador” (Imagem: Pixabay/cryptostock)

Provas de conhecimento zero (ZPK) e abordagens criptográficas parecidas para a privacidade da rede blockchain estão “em em seus primórdios” e não estão prontas para ampla aplicação em sistemas de moedas emitidas por banco central (CBDC, na sigla em inglês).

Essa é uma conclusão de um novo comunicado analítico publicado pelo banco central do Canadá. O Banco do Canadá é um líder na pesquisa e no desenvolvimento de protótipos de CBDC.

Entre 2016 e 2018, como parte de uma iniciativa chamada Project Jasper, o banco explorou o uso da tecnologia de registro distribuído (DLT) para a compensação e execução de pagamentos interbancários, além de transações de valores mobiliários.

O novo comunicado deve apresentar uma estrutura para avaliar diversos “modelos de privacidade” para CBDCs. Diferentes métodos de pagamento estão em um espectro quando se fala da privacidade fornecida a seus usuários, em que a anonimidade do dinheiro em espécie está no fim desse espectro

Porém, no âmbito dos criptoativos, “técnicas para obter privacidade assim como a do dinheiro físico ainda são imaturas”, disse o banco.

Em particular, uma abordagem de melhoria de privacidade, amplamente considerada como promissora nesse contexto, é o uso de provas de conhecimento zero — a forma como Zcash permite que seus usuários escondam dados de transação.

Porém, o comunicado do Banco da Canadá é um alerta. Poucos sistemas de provas de conhecimento zero foram aplicados e poucas pessoas têm a habilidade de aplicá-los e mantê-los.

O banco alertou: “o risco aqui é que sua complexidade técnica combinada com sua imaturidade poderiam mascarar vulnerabilidades”.

Provas de conhecimento zero: um divisor de águas
para a segurança de dados do cliente