Comprar ou vender?

Banco do Brasil permanece com bases sólidas, diz XP

18 ago 2020, 20:12 - atualizado em 18 ago 2020, 20:19
Banco do Brasil BBAS3
“O banco reafirmou estar conservador em termos de provisões e que o provável pico foi no primeiro semestre, podendo ser razoável a queda de provisões já no segundo semestre de 2020”, disse a corretora (Imagem: Wikimedia Commons)

O Banco do Brasil (BBAS3) continua com bons fundamentos, mesmo apresentando um resultado abaixo do esperado pela XP Investimentos, revela relatório publicado nesta terça-feira (18).

O analista Marcel Campos se reuniu com o Gerente Geral de Relações com Investidores, Daniel Alves, e com a Gerente, Débora Stefani, CFA do BB, para falar sobre o resultado do segundo trimestre e as perspectivas do que vem pela frente.

Para Campos, o encontro transmitiu boas notícias devido à postura conservadora e à carteira do banco defendida durante a pandemia.

“O banco reafirmou estar conservador em termos de provisões e que o provável pico foi no primeiro semestre, podendo ser razoável a queda de provisões já no segundo semestre de 2020”, afirmou ele.

No segundo trimestre, as provisões para perdas com empréstimos ficaram em R$ 5,907 bilhões, um aumento de 42,4% em relação ao ano anterior.

Outro ponto destacado pelo analista foi o corte de custos, que segundo o BB ainda tem espaço para crescer, sobretudo no corte de salários e na redução de propriedade imobiliárias, cujos escritórios foram reduzidos pela metade em 2020. Além disso, há a questão do home office, que diminuiu a utilização desses espaços.

“Em relação ao mix de carteira, os gerentes afirmaram que pretendem continuar a mudança de carteira para um mix mais rentável (e arriscado) de varejo no longo prazo. No entanto, o plano foi retardado devido à pandemia”, revela trecho do relatório.

A corretora manteve o preço-alvo das ações em R$ 43, potencial de valorização de 23,7% em relação ao fechamento desta terça-feira (18), com recomendação de compra.