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Banco do Brasil está pronto para ser privatizado, diz Gustavo Franco

25 set 2017, 19:23 - atualizado em 05 nov 2017, 13:54

O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco declarou nesta segunda-feira (25) que vê o Banco do Brasil pronto para ser privatizado. Ele fora questionado sobre o assunto em painel, ao lado do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, durante evento organizado pelo Instituto de Formação de Líderes (IFL), em Belo Horizonte.

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“Pessoalmente, acho que o Banco do Brasil está pronto. Só não poderia ser comprado pelo Itaú ou pelo Bradesco para não criar problema com o Cade”, declarou Franco. Para o sócio-fundador da gestora Rio Bravo Investimentos, o setor público não precisa ter dois bancos comerciais.

Na visão dele, o ideal neste processo seria, simultaneamente, realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO) da Caixa Econômica Federal, com o intuito de melhorar a governança corporativa. Franco também sugeriu a unificação das estruturas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) em uma espécie de fundo de pensão de aposentadoria complementar ao sistema do INSS.

Seria “uma ótima maneira de começar uma reforma da Previdência 2.0”, acrescentou o ex-presidente do BC, que citou ativos no setor elétrico e os Correios como opções que governo poderia vender para fazer caixa e realizar os investimentos necessários ao país. “Sou totalmente a favor de privatização, mas é preciso pensar o modelo.”

Também integrante do painel “O futuro incerto da economia”, o primeiro do 8º Fórum Liberdade e Democracia criado pelo IFL-BH, Pedro Malan lembrou da rodada de privatizações conduzida pelo governo Fernando Henrique Cardoso ao longo da década de 1990.

“O que nos motivava não eram considerações de natureza política, filosófica, ideológica. Era um reconhecimento de que o estado brasileiro e suas empresas não tinham a menor condição de realizar o programa de investimento que o país demandava para assegurar uma taxa de crescimento maior. (…) É preciso desideologizar esse debate“, afirmou o ex-ministro a Helio Beltrão, presidente do Instituto Mises Brasil (IMB), o autor da pergunta a Malan e Franco sobre privatizações de bancos e da Petrobras.

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