Banco do Brasil e Vivara são as ações preferidas dos grandes investidores em outubro; veja lista
O Banco do Brasil (BBAS3) foi a ação Top 1 dos grandes investidores – clientes dos segmentos alta renda e private, ou seja, que possuem mais de R$ 3 milhões em aplicações financeiras – em outubro, segundo o estudo Big Data SmartBrain.
A instituição fez uma oferta subsequente de ações (follow-on) no mês passado. O lucro líquido ajustado do BB no acumulado do ano até o final de setembro, foi de R$ 13,222 bilhões, um aumento de 36,8% em relação ao mesmo período de 2018. A ação foi bastante procurada, pois a gestão do banco tem se mostrado assertiva, com as despesas sob controle e crescimento das receitas.
Os analistas avaliam que o banco ainda tem espaço para aumentar seu retorno sobre o patrimônio líquido (ROE). De forma geral, ações do setor financeiro vem atraindo investidores nos últimos meses, pois as instituições vêm entregando resultados consistentes.
Outro destaque de outubro foi o IPO (oferta inicial de ações) da Vivara (VIVA3), que teve alta demanda dos investidores, saindo precificada a R$ 24 e movimentando R$ 2,26 bilhões. A maior rede de joalherias do país está presente em 90% dos estados e possui mais de 230 pontos de vendas.
A Vale (VALE3) continuou entre as preferidas. A mineradora em sido impulsionada pelo preço do minério de ferro e vem se recuperando das consequências negativas do rompimento da barragem de Brumadinho (MG) às suas operações e finanças. A mineradora segue investindo na modernização das barragens e das atividades produtivas, reduzindo o risco e aumentando a eficiência. Levando-se em consideração o seu histórico, os múltiplos da Vale ainda estão descontados.
Também segue no ranking das favoritas desde o início do ano a Petrobras (PETR4). Isso porque a companhia mantém foco na extração de petróleo, incluindo o Pré-Sal, diminuindo a sua atuação no refino. No terceiro trimestre, a petrolífera teve lucro líquido de R$ 9 bilhões, um aumento de 36% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre julho e setembro, a produção de petróleo e líquido de gás natural (LGN) cresceu 16,9% sobre os mesmos meses de 2018. O saldo positivo também foi puxado pela venda do controle da BR Distribuidora em julho.
A Via Varejo (VVAR3), que desde junho passou ao controle da família Klein, continuou despertando o interesse dos investidores em função das expectativas de que a nova gestão pode fazer um turnaround operacional.
Chamaram atenção do mercado as mudanças na estrutura organizacional da Kroton, a maior companhia de educação do país, que passou a ser chamada de Cogna Educação e ter um novo ticker na B3 – COGN3. Em seu novo plano, a companhia quer avançar em serviços diferenciados para escolas e faculdades e também na educação B2B.
Veja as 10 ações preferidas em outubro:
Quanto aos fundos de ações, o Equitas Selection FC FI de Ações manteve-se na liderança em outubro. O Moat Capital FIC FIA subiu do terceiro para o segundo lugar e o Brasil Capital 30 FC FIA passou da quinta para a terceira posição.
Estreou no ranking o HIX Capital FC FIA, da gestora independente HIX Investimentos. E saiu da lista o BTG Pactual Absoluto LS FIC FIA.
Os demais fundos continuaram entre os preferidos, mesmo com algumas mudanças nas suas colocações na lista.
No acumulado do ano até outubro, os desempenhos dos Top 10 fundos são positivos, variando de 17,22% (Alaska Black Institucional FI Ações) a 44,03% (Equitas Selection FC FI de Ações).
Top 10 fundos de ações em outubro:
Os principais fatos que impactaram no mercado acionário em outubro
A Bolsa teve alta de 2,36% aos 107.219 pontos no mês passado, acumulando no ano uma valorização de 22%.
Diversos fatores contribuíram para o bom desempenho. O governo conseguiu concluir a aprovação da reforma da Previdência no Congresso, uma medida importante para o controle das contas públicas. Estima-se que cerca de R$ 800 bilhões serão economizados num prazo de dez anos com esta reforma.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou corte de 0,5 ponto percentual. A Selic caiu para 5%, novo patamar mais baixo da história. Esta decisão já era esperada por analistas do mercado. A redução da Selic estimula o consumo, reduz o custo do crédito, ou seja, ajuda a melhorar a economia.
No cenário internacional, os Estados Unidos e a China andaram na direção de um acordo preliminar para darem trégua no embate comercial.
O Federal Reserve (Fed), banco central americano, reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 1,50% a 1,75%.